quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Ivan Canan sobre impeachment

Sobre o impeachment: acabou a fase do horror.

A barbárie que foi a sucessão de argumentos radicais, misturados a argumentos fascistas e argumentos oportunistas, para explorar toda e qualquer fragilidade do governo Dilma se esgotou. Não há mais governo Dilma.
Agora há o que há: o registro histórico do golpe. Os golpistas, envergonhados, sabem disso, e buscam registrar na história os argumentos que justificariam o golpe - seria um golpe necessário? seria um golpe de todos contra um grupo que tomou o poder? seria esse golpe uma coisa "boa"? Buscam contextualizar isso, mas não há como fugir do fato que é um golpe.

Resta, claro, saber como a história irá julgar o golpe. Talvez o governo ilegitimo Temer (ilegitimo porque irá fazer reformas que jamais passariam por uma eleição) seja tão bem sucedido que as pessoas passem a entender que o correto é ser golpista! Quem sabe não será o correto ser bandido (aliado de Cunha) elitista (que corta tributos de ricos e direitos de pobres)? Quem sabe não será correto ser "mau"?? (talvez teremos problemas com as religiões, caso elas queiram ser coerentes com conceitos de bem e mal... mas nada que não possa ser modificado também).

Enfim, a probabilidade da história redimir as atuais vitimas do golpe (Dilma, obviamente, e todos que nela votaram), já faz as redes sociais se entulharem de rostos sorridentes em selfies pela esquerda brasileira e, porque não, dos isentões esclarecidos.
Quanto à direita, está trabalhando de modo pragmático para a próxima eleição. E a missão é clara. Lula precisa estar na cadeia ou inelegível, porque qualquer caso contrário, será eleito.

Gente, entendam. Se Lula não puder concorrer, concorrerá Chico Buarque!!!!
Não tem outro jeito. Literalmente, perdeu playboy!!!!

Fonte: Ivan Canan.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Crime ambiental mato-grossense


Decreto autoriza uso do 'correntão' para retirada de vegetação em MT

Técnica, que possibilita retirada rápida de vegetação, era considerada crime.
Para o Ibama, uso é agressivo à natureza e coloca em risco animais e plantas.

A utilização de correntes presas por tratores, conhecido como 'correntão', foi autorizada através da revogação de um artigo pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) no último mês. A técnica, que possibilita a retirada rápida de vegetação nativa, era considerada crime ambiental por lei. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) em 7 de julho.

Entidades de defesa ao meio ambiente declararam que vão se manifestar contra a mudança na lei. Segundo produtores, a Secretaria de Estado e Meio Ambiente (Sema) já havia manifestado a intenção de anular o artigo e permitir o correntão, mas a ALMT acabou votando o assunto antes.

A Sema informou que com a troca de secretários, a pauta ficou sob responsabilidade da assembleia. Ainda, a secretaria não vai se posicionar sobre o assunto. O projeto foi apresentado pelo deputado Dilmar Dal Bosco (DEM). Na justificativa, o deputado alegou que a administração pública não pode legislar em decreto sobre a tipificação de crimes.

A superintende do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Mato Grosso, Lívia Karina Passos Martins, declarou que o uso do correntão coloca em risco animais e plantas por ser uma forma muito agressiva de retirada de vegetação. A ferramenta, em poucos minutos, consegue arrancar árvores gigantescas.

O diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Wellington Andrade, o uso do correntão é uma forma prática de retirar a vegetação. “A gente entende que o melhor modo de supressão de vegetação é o correntão, desde que o produtor cumpra os requisitos que foram determinados pelo órgão ambiental na concessão da licença”, afirmou.

Fonte: G1MT
Foto: Magnos Oliveira



segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Sinop depois das convenções

Sinop apresenta seus candidatos para prefeito e ao mesmo tempo escreve mais uma página da história das duas principais lideranças do município. De um lado o atual prefeito com 8 anos de gestão. Do outro o antigo prefeito que ficou o mesmo tempo administrando a cidade.

Esta será uma eleição diferente, pois depois de 16 anos eles receberão votos por tabela e isso ficou bem claro nas convenções dos partidos, pois quem acompanhou as duas viu bem que o nome de quem está concorrendo tem um peso muito, mas muito menor do aquele que está apoiando.

Mas tirando o fato de ter dois padrinhos que estão dando o presente, a festa começa com palcos recheados de novidades. Do lado da situação tudo parece perfeito: uma candidata mulher, que ajudou a gestão nos últimos 4 anos como vice. Um candidato a vice que tem popularidade. A coligação tem ainda apoio importante de lideranças comunitárias e o principal: obras para não deixar dúvida do que foi feito.

De outro lado uma oposição que não construiu o nome forte e não encontrou falhas para alicerçar sequer um slogan de campanha. O candidato a prefeito foi chamado com urgência, um empresário que como foi dito está com “os burros n’ água” e nem precisaria estar concorrendo. Um vice que sonhava em ser prefeito; jovem tem muito tempo para tentar chegar lá. E para completar a coligação tem apoio daqueles que determinaram em Cuiabá quem iria concorrer em Sinop e ofereceram toda ajuda possível em nome do alinhamento político entre estado e município. E mais: garantiu ainda apoio do presidente da república!

Vai ser uma eleição diferente, mas vai ser também o início de uma nova fase, depois de muitos anos governados por lideranças amadas ou odiadas, esculhambadas ou respeitadas o que não se pode falar é que a cidade não ganhou com elas e a prova é que continuam ali, firmes e fortes no palanque. Então o que precisamos é de muita, mas muita avaliação no projeto que está sendo apresentado, para que o vencedor saia da prefeitura com a mesma aprovação de quem passou por lá.