quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Fatos em fotos

PONTO NEGATIVO Uma volta pela cidade de Sinop-MT e pode-se perceber que aqui o transporte coletivo não funciona. Não é a toa que as bicicletas estão pelas ruas em grande número. Mesmo com o sol forte, a população que não tem carro ou moto não tem nem como optar pelo transporte coletivo. Não existe uma rota definida, horários definidos e nem mesmo paradas nas quais os passageiros possam esperar. Quando muito encontramos placas como esta da foto em alguns bairros.
Por aqui auto-promoção, geralmente de políticos em placas e faixas é normal mas tem também as empresas que utilizam postes para colocar as propagandas. O problema é quando a data das promoções, ou eventos, já passaram e as faixas não são retiradas, muitas vezes ficando como na foto em uma avenida do Jardim Primaveras, situação que pode ser encontrada em outros locais, além de deixar o local feio, pode acabar causando acidentes com ciclistas ou motociclistas.

Esta é na Rua das Avencas, esquina da Câmara de Vereadores de Sinop-MT, que fica do lado da Prefeitura Municipal. Uma lâmpada acesa durante todo dia. Um verdadeiro exemplo da falta de iniciativa e de visão do poder público para solucionar um problema simples: apagar a luz.

PONTO POSITIVO
Como ficou provado com a divulgação dos números do desmatamento, e nem precisam números, basta sobrevoar as áreas aqui do nortão para constatar, nosso negócio é desmatamento. Nós ainda estamos naquela de achar que o mundo está errado e só nós é que estamos certos. Mas mesmo assim existem situações como o plantio de árvores na rótula da Av. das Sibipirunas que nos dão um pouquinho, bem pouquinho de esperança em dias nos quais substituiremos as derrubadas pelo plantio de árvores.
Com ações que contribuem para deixar a cidade mais bonita e para uma convivência com o máximo de respeito ao meio ambiente consegue-se melhores resultados. Alguns percebem isso e investem, com ações simples acabam divulgando também o nome das empresas. Um exemplo está na foto do canteiro na Av. dos Jacarandás.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Insegurança em Sinop-MT


O final de semana violento na cidade foi tema de debates do MTTV 1ª Edição de hoje. Foram três assassinatos em uma época na qual vive-se a expectativa da folia de carnaval. A sensação de insegurança é sentida por moradores da cidade faz um bom tempo. Tivemos a instalação de um presídio no Bairro Alto da Glória e não foi aumentado o efetivo de policiamento. O presidente da CDL, Nilson Lopes, falou da precariedade do atendimento policial: "em uma cidade que tem mais de 100 mil habitantes, hoje nós temos 10 policiais nas ruas". Também estiveram sendo entrevistados o Filósofo José Müller e a Psicóloga Denise Petry Lima.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Imazon: desmatamento depende do mercado da soja e da carne

Marcas do desmatamento na Vila do Garimpo do Rio Juma, no município de Novo Arapoana, no Amazonas
Foto: José Luis da Conceição, AE

Se commodities estão em alta, o desmatamento também, segundo relatório

Um estudo feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostra que o desmatamento segue a flutuação do mercado de commodities, especialmente carne e soja. A queda do preço nos últimos anos teria ajudado a controlar a derrubada nos últimos três anos. Da mesma forma, a recuperação do mercado teria impulsionado a retomada do desmate em 2007.

A ligação entre os fatores foi levantada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O estudo foi apresentado ao MMA pelo autor, Paulo Barreto, há algumas semanas. Por meio de nota, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) "repudia totalmente" a ligação entre os fatores e afirma que "o grande proprietário de terras na região é o próprio governo federal, detentor de 76% das áreas na Amazônia Legal, devendo a este o ato de cuidar de suas próprias terras".

A análise feita por Barreto compara, de 1994 a 2006, a área desmatada na região, medida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com o preço anual médio deflacionado da saca de soja e do boi. O autor explica que floresta, quando derrubada com corte raso do jeito que é detectado pelo satélite, recebe melhor pasto do que grão, uma vez que o solo ainda sente o impacto do desmate.

Barreto, contudo, afirma que a soja pode pressionar o gado a avançar sobre novas áreas e, em casos de preços muito altos, derrubar para plantar é vantajoso. ê o que teria ocorrido entre 2001 e 2004 — nesse ano, 27.379 km2 foram desmatados, quando o preço do gado estava em queda.
Fonte: Zerohora.com

Cidades no MT são separadas por área de devastação de floresta

Foto do pátio de uma madeireira em Sinop-MT.
Cinquenta quilômetros de destruição separam as cidades de Alta Floresta e Paranaíta, no extremo norte de Mato Grosso. O caminho por terra entre os dois municípios --listados entre os 36 mais devastados da Amazônia-- em nada lembra a imagem de natureza imponente em geral associada à região, revela reportagem da Folha de S.Paulo desta segunda-feira.

Às margens da rodovia MT-206, e até onde a vista alcança, predominam as pastagens, o gado e os restos queimados do que um dia já foi a floresta.

Uma medida provisória de 2001 obriga as propriedades a preservar 80% de sua reserva legal --antes dessa data, a obrigação era de 50%. "Nenhuma propriedade nessa rodovia manteve a reserva legal", diz o chefe-substituto do Ibama em Alta Floresta (830 km de Cuiabá), Cláudio Cazal.

Um novo alerta sobre desmatamento na Amazônia foi divulgado na quarta-feira (23) pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Os dados foram baseados em imagens captadas por satélites no último trimestre do ano passado e indicam a derrubada de matas em ritmo acelerado, numa média de mais de 1.000 quilômetros quadrados por mês.

De acordo com os dados do Inpe, o ritmo mostrou-se especialmente acelerado em Mato Grosso --que havia perdido a liderança no ranking do desmatamento para o Pará-- e em novembro e dezembro --meses em que tradicionalmente não há corte raso da floresta porque chove muito.
Fonte: Folhaonline

Fotos da Amazônia revelam "mentira" de governo, diz "The Guardian"

As fotos aéreas da Amazônia revelaram a "mentira da recente 'grande conquista' brasileira em conter desmatamento da Amazônia", diz uma reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal britânico The Guardian.

A destruição da floresta era "um desastre ecológico que, aparentemente, havia sido evitado", afirma o jornal, citando o anúncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em agosto passado de que o desmatamento estava controlado.

"Ontem, no entanto, a boa notícia veio por água abaixo quando ministros admitiram que depois de três anos de queda o desmatamento está em alta de novo."

Segundo o Guardian, a destruição da floresta vem sendo causada por uma combinação da ação de madeireiras, fazendeiros e criadores de gado nos últimos 40 anos. A reportagem cita ambientalistas, que afirmam que 20% da floresta já foi destruída e que outros 40% poderão ser perdidos até 2050, caso a tendência não seja revertida.

Ambientalistas já vinham alertando para o aumento do desmatamento, afirma o autor da matéria, o correspondente Tom Phillips, que sobrevoou o norte do Mato Grosso e o sul do Pará com um grupo de ativistas do Greenpeace em setembro passado.

"Nas duas regiões os sinais de aumento do desmatamento foram fáceis de identificar. No Mato Grosso, havia vastas áreas de terra mexida, abrindo o caminho para plantações de soja. A paisagem estava coberta de árvores caídas, queimadas como palitos de fósforo. No Pará uma teia de estradas de terra ilegais era visível, passando por áreas relativamente intactas da floresta em direção às áreas abertas recentemente."

A notícia de que o desmatamento da Amazônia aumentou nos últimos meses de 2007 também foi destaque no Daily Telegraph, que cita algumas das medidas que o governo deverá tomar, entre elas, a criação de uma "lista negra" de proprietários e companhias que vêm violando leis ambientais e o congelamento na emissão de novas licenças para exploração madeireira nas áreas mais afetadas.

"Até a divulgação da nova descoberta, o presidente Lula e outros membros do governo brasileiro vinham dizendo, em várias reuniões internacionais, que o país estava conseguindo manter o desmatamento sob controle. "

"Se a tendência dos últimos cinco meses continuar, a taxa anual de desmatamento ainda vai ficar bem abaixo do pico de 27 mil km² de 2004, mas será um aumento substancial em relação ao ano anterior, e um constrangimento para o governo brasileiro, que busca ganhar reconhecimento internacional por sua contribuição para o clima conservando o que resta da Amazônia", afirma o Telegraph.
Fonte: FolhaOnline, da BBC Brasil

Marcelo Leite faz raio-x da situação da Amazônia

"Folha Explica Floresta Amazônica" é de autoria de Marcelo Leite, colunista da Folha e membro do conselho editorial da série "Folha Explica".

A Amazônia contém pelo menos um terço das florestas tropicais do mundo e dá ao Brasil o título da biodiversidade do planeta, com seus 5 milhões de quilômetros quadrados e 5 mil espécies de árvores. No entanto, a insistência num modelo predatório de ocupação e de exploração econômica vem destruindo a floresta ao ritmo de 20 mil quilômetros quadrados por ano.

Confira a introdução do "Folha Explica A Floresta Amazônica":

Da Hiléia à Rainforest

Menos de 200 anos se passaram entre a cunhagem do termo "hiléia" para designar a floresta amazônica, pelo naturalista alemão Alexander von Humboldt (1769-1859), e o surgimento de uma parceria inusitada entre o músico britânico Sting e o cacique caiapó Raoni, no final dos anos 80, que contribuiu para transformar a hiléia num ícone da cultura popular do século 20, rebatizada como rainforest ("floresta chuvosa", um termo que nunca vingou em português). Entre uma e outra palavra, forjou-se a imagem por excelência da natureza intocada e ancestral, aquém da história, que ganhava corpo naquela imensidão de selva impenetrável e úmida, cortada pelos rios mais caudalosos da Terra.

Há bem pouco tempo, porém, pelo menos em termos geológicos --uma hora e meia atrás, se toda a história do planeta fosse comprimida em um século--, boa parte da paisagem amazônica era radicalmente diversa: muito mais seca, com um rio Amazonas e as portentosas chuvas minguados em pelo menos 40%, segundo estudo dos pesquisadores Mark Maslin e Stephen Burns na revista Science (vol. 290, p. 2285; 22/12/2000). A floresta, recortada em muitas ilhas separadas por manchas de cerrado e, talvez, até mesmo caatingas, segundo a interpretação do geógrafo brasileiro Aziz Nacib Ab'Sáber1.

Essa paisagem mais ressequida, irreconhecível pelo padrão de exuberância equatorial da Amazônia do presente, já era habitada por homens há pelo menos 8 mil anos. É o que revela o sítio arqueológico da caverna de Pedra Pintada, na margem esquerda do Amazonas, a poucos quilômetros do que é hoje Santarém, no estado do Pará. E não eram provavelmente bandos pequenos de caçadores e coletores, mas sociedades complexas o bastante para produzir peças de cerâmica, um tipo de atividade que exige certo grau de diferenciação social e de especialização, característico de grupos que já dominam a agricultura. O sítio Pedra Pintada foi estudado nos anos 90 pela arqueóloga norte-americana Anna Curtenius Roosevelt2, bisneta do presidente norte-americano Theodore Roosevelt (o grande paladino da criação de parques e florestas nacionais nos Estados Unidos, que, em 1913-4, depois de ter deixado a Presidência, se embrenhou na selva brasileira na companhia de Cândido Rondon, em busca do rio da Dúvida).

A caverna guardava nada menos que a mais antiga cerâmica já encontrada nas Américas --uma constatação no mínimo difícil de conciliar com a imagem tradicional do ambiente amazônico: floresta rica de solos pobres (78% são muito ácidos ou de baixa fertilidade) e reduzida capacidade de sustento para populações humanas, em razão de uma fauna de baixa densidade, embora muito diversificada. Pouca proteína, gente escassa. A melhor prova de que a Amazônia seria um paraíso verde para poucos (ou um inferno idem, dependendo do ponto de vista) estaria na composição de sua população indígena atual: muitos grupos pequenos e isolados, seminômades, com baixo desenvolvimento tecnológico e convivendo em relativa harmonia com o ecossistema em imensos territórios (basta mencionar, como se comprazem em fazer os inimigos da demarcação de terras indígenas, que os cerca de 12 mil ianomâmis brasileiros ocupam 97 mil quilômetros quadrados, uma área superior à da antiga metrópole, Portugal).

Civilizações Varzeanas

Segundo uma corrente que vem ganhando força na arqueologia, esse padrão de povoamento é apenas uma face da história, aquela que pode ser vista do lado de cá do Descobrimento. Ela tem o defeito de escamotear precisamente o que existia ou pode ter existido antes da chegada do colonizador. Na ótica de Anna Roosevelt, já houve uma Amazônia povoada por sociedades complexas e estratificadas, que reuniam dezenas de milhares de pessoas na agricultura de mandioca e talvez milho nas terras inundáveis, fertilizadas com os sedimentos transportados de longas distâncias pelos chamados rios de água branca (na verdade, barrenta), até mesmo dos Andes. Nessas várzeas, que cobrem de 2% a 3% da bacia amazônica (ou até 120 mil quilômetros quadrados, no caso do Brasil, o equivalente a quase um Portugal e meio), e nas suas adjacências, teriam florescido grandes cacicados, como os que legaram as elaboradas cerâmicas marajoara (da ilha de Marajó) e Santarém (nas margens do rio Tapajós). Esses povos guerreiros de cabelos compridos foram descritos nos relatos dos primeiros cronistas europeus, como o religioso Gaspar de Carvajal, que acompanhou a viagem do explorador espanhol Francisco de Orellana à foz do grande rio, dando origem à lenda das amazonas. Segundo Roosevelt, não seriam tão lendários assim --apenas não teriam conseguido sobreviver ao contato com a máquina de guerra européia e a pletora de doenças infecciosas que levava consigo.

Dito de outro modo, o padrão atual de ocupação indígena da Amazônia seria fruto do movimento da história, e não a resultante milenar de um processo biológico de ajustamento à baixa capacidade de sustentação do ambiente. "Cometemos uma injustiça contra essas populações quando as vemos, simplesmente, como selvagens afortunados, adaptados à floresta tropical, ao invés de um povo ecologicamente, economicamente e politicamente marginal que vem perdendo controle sobre seus hábitats e modos de vida", resumiu Anna Roosevelt em "Determinismo Ecológico na Interpretação do Desenvolvimento Social Indígena da Amazônia"3.

Seu alvo preferencial é Betty Meggers, tão norte-americana, arqueóloga e especializada em Amazônia quanto ela, mas de uma geração anterior. Em parceria com o marido, Clifford Evans, e contando com o beneplácito de governos militares brasileiros, Meggers reinou sobre a arqueologia amazônica nos anos 60 e 70. Ainda que incomodada com o calor, a umidade e os insetos, uma referência constante em seus escritos, Meggers comandou os primeiros trabalhos arqueológicos extensos e sistemáticos na região, reunidos em 1971 numa obra clássica, "Amazonia: Man and Culture in a Counterfeit Paradise" (Amazônia: Homem e Cultura em um Falso Paraíso)4.

O título já trai o viés da arqueóloga com relação à floresta amazônica, que da ótica do determinismo ambiental seria incapaz de dar origem a culturas mais complexas. Mesmo as óbvias exceções, como as cerâmicas marajoara e Santarém, teriam resultado de incursões esporádicas de civilizações estranhas ao ambiente amazônico, oriundas do Caribe ou mesmo dos Andes. Uma vez ali instaladas, teriam entrado num processo irresistível de decadência, provocada pelo meio e suas transformações.

Qualquer semelhança com as teorias periodicamente ressuscitadas para "explicar" o subdesenvolvimento brasileiro, com base na sua localização geográfica ou na insalubridade do meio, é mais que simples coincidência. A Amazônia não é necessariamente sinônimo de atraso social e cultural (embora qualquer viagem por seu interior ofereça copiosos e penosos exemplos exatamente disso); é o que pode constatar todo aquele que se despir de preconceitos e contemplar um vaso marajoara em qualquer museu etnográfico do Brasil.

Eixos De Destruição

Mais que difícil, é impossível conciliar essas duas Amazônias, a que entrou no produtivo e destruidor século 20 com cerca de 4 milhões de seus 5 milhões de quilômetros quadrados cobertos por florestas densas (dos quais 550 mil, ou mais de seis Portugais, seriam destruídos ao longo desses cem anos mais devastadores que a região conheceu sob a ação do homem) e a que precedeu o Descobrimento, provavelmente mais povoada e mais seca à medida que se recua no tempo, com flutuações de população, de cobertura florestal e de pluviosidade cuja amplitude só se pode conhecer hoje pelos métodos indiretos e por natureza fragmentários da arqueologia e da paleoecologia (estudo do ambiente no passado). Só o tempo permite reconciliá-las sem contradição, vale dizer, por meio da história --história natural e história humana.

Não existe uma Amazônia, arquétipo imemorial de floresta majestosa e imutável, mas territórios e paisagens mutáveis, sob influência da ação e do conhecimento humanos. E, assim como foi outra num passado não tão remoto assim, a floresta amazônica, com toda a sua imensidão, não vai estar aí para sempre. Foi preciso alcançar a fantástica taxa de desmatamento de quase 20 mil quilômetros quadrados ao ano, na última década do século 20, para que uma pequena parcela de brasileiros se desse conta de que o maior patrimônio natural do país está sendo literalmente torrado, pois nem ao menos uma acumulação primitiva de capital ele tem sido capaz de sustentar.

A maioria, particularmente aqueles mais próximos do poder, parece pouco disposta a aprender com o passado. Planos desenvolvimentistas lucubrados nas pranchetas e nas planilhas de computadores em Brasília, como o Avança Brasil, do governo Fernando Henrique Cardoso5, parecem destinados a reeditar o fracasso tão bem caracterizado por Aziz Ab'Sáber no livro A Amazônia - do Discurso à Práxis: "O que se cometeu de pseudoplanejamento, feito à distância, na fase que fundamentou a abertura da rodovia Transamazônica, não tem paralelo em qualquer parte do mundo, em termos de ausência de noção de escala, responsabilidade civil por propostas predatórias e falta de conhecimentos efetivos da realidade física, ecológica e social da Amazônia brasileira".

A abertura e a pavimentação de estradas ainda figuram como paradigma do desenvolvimento, embora se saiba, por extensa experiência, que seu principal efeito é induzir ao desmatamento. Dois estudos que vieram a público no ano 2000 partiram das taxas históricas de desmatamento registradas na Amazônia brasileira nas décadas de 70 e 80 para tentar estimar o quanto de devastação poderia ser causado pela construção e recuperação de 6.245 quilômetros de estradas, previstas no plano Avança Brasil como parte de investimentos em infra-estrutura da ordem de US$ 40 bilhões, ao longo de sete anos. As conclusões são alarmantes.

O primeiro desses estudos foi realizado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, mais conhecido pela sigla Ipam6.

Trata-se de uma organização não-governamental sui generis, que reúne sob o mesmo teto investigação científica de primeira qualidade com trabalhos de base, como a autogestão da pesca de várzea na ilha do Ituqui, perto de Santarém, e regulamentos para disciplinar queimadas na colônia agrícola Del Rey, perto de Paragominas (ambos no Pará). O Ipam é uma espécie de primo amazônico de outra ONG de pesquisa, a norte-americana Centro de Pesquisa Woods Hole (WHRC, na abreviação em inglês), que fica na localidade de mesmo nome no litoral de Massachusetts e recebe periodicamente pesquisadores brasileiros do Ipam, para estágios intensivos de treinamento acadêmico sob a supervisão do ecólogo Daniel Nepstad.

O pessoal do Ipam se juntou ao do Instituto Socioambiental (ISA), de São Paulo, para produzir o seguinte vaticínio, no livreto Avança Brasil: os Custos Ambientais Para a Amazônia, de abril de 2000: apenas quatro das estradas incluídas no Avança Brasil - Cuiabá- Santarém (BR-163), no trecho Santarém-Itaituba; Humaitá-Manaus (BR-319); Transamazônica (BR-230), no trecho Marabá-Rurópolis; e Manaus-Boa Vista (BR-174) -, perfazendo um total de 3.500 quilômetros, provocariam ao longo dos próximos 25 a 35 anos um desmatamento entre 80 mil quilômetros quadrados, no cenário otimista, e 180 mil quilômetros quadrados, numa perspectiva pessimista. Algo como um a dois Portugais de floresta derrubada e morta, em apenas uma geração, ou entre um décimo e um quinto da área de mata atlântica que os portugueses e seus descendentes levaram cinco séculos para devastar. Em carta publicada na revista britânica Nature em 11 de janeiro de 2001 ( vol. 409, p. 131), a previsão do Ipam, incluindo agora todas as estradas do Avança Brasil, foi revisada para 120 mil a 270 mil quilômetros quadrados de destruição --até três Portugais.

O segundo trabalho veio à tona em novembro de 2000, novamente pelas mãos de pesquisadores norte-americanos associados com brasileiros, dessa vez numa instituição científica mais tradicional, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), mantido pelo governo federal. Liderado pelo ecólogo William Laurance, tinha o claro propósito de refinar os cálculos efetuados pelo grupo de Nepstad, na medida em que se propunha a incluir todas as estradas do Avança Brasil, mais as hidrovias e hidrelétricas previstas no plano desenvolvimentista e a construção de linhas de transmissão de energia elétrica. Submetido à prestigiada revista científica norte-americana Science, o artigo vazou para a imprensa brasileira antes mesmo de ter recebido a aprovação final dos revisores especializados, que seus editores contatam na tentativa de garantir a publicação só de trabalhos que satisfaçam os mais altos padrões de pesquisa (um processo de filtragem conhecido como peer review, ou "revisão por pares"). Acabou saindo em janeiro de 2001 na Science (vol. 291, 19 de janeiro de 2001; p. 438). O time do Inpa também recorreu ao esquema dos dois cenários, mas pintou-os com tintas ainda mais carregadas: em apenas 20 anos, menos de uma geração, iriam restar somente 28% de mata virgem na Amazônia, na previsão mais otimista, ou meros 5%, na estimativa menos otimista, como resultado do Avança Brasil (hoje ainda há 87% da floresta de pé, boa parte intocada).

O projeto de integrar a Amazônia ao Brasil a golpes de estradas como a Transamazônica e a Belém-Brasília dura já quatro décadas. Partiu do conceito duvidoso de que a região representava um "vazio demográfico" (do qual certamente discordariam os índios e as populações ribeirinhas) e estaria portanto vulnerável a apetites estrangeiros. Além de estradas, estava nos planos a ocupação por meio de projetos de colonização agrícola e de latifúndios agropecuários, artificialmente induzidos por incentivos fiscais. Depois vieram os grandes projetos públicos de infra-estrutura e mineração, como a hidrelétrica de Tucuruí e a exploração da serra de Carajás. Com o Avança Brasil, alteraram-se alguns objetivos --na mira está agora o escoamento da produção da soja que avança sobre o cerrado circundante--, mas não a mentalidade que engendrou um "desenvolvimento" no mínimo discutível, como bem resumiu o relatório do Ipam:

"Em função dessa política de ocupação, a população humana na região cresceu de 4 milhões para 10 milhões entre 1970 e 1991, e muitas famílias foram assentadas. O rebanho bovino cresceu de 1,7 milhão de cabeças (1970) para 17 milhões em 1995. Nesse período, a produção de ferro, bauxita e ouro da região rendeu cerca de US$ 13 bilhões. O produto interno bruto (PIB) da Amazônia, que era de US$ 1 bilhão por ano em 1970, subiu para US$ 25 bilhões em 1996 (3,2% do PIB nacional). No entanto, em 1991, quase 60% da população amazônica possuía renda insuficiente e a taxa de analfabetismo era de 24%, uma das mais elevadas do Brasil, situando-se abaixo somente da região Nordeste. Atualmente, a Amazônia detém a pior distribuição de renda do Brasil, que, por sua vez, é um dos países com os piores problemas de desigualdade do mundo".

O Valor Da Floresta

O objetivo central deste livro é desfazer a imagem de que a floresta tenha estado ou vá estar aí para sempre. Acabar com o mito de que a exuberância amazônica, apesar de abarcar mais da metade do território nacional, representa "florestas virgens tão antigas quanto o mundo", como se referiu o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire às matas brasileiras. Ou, ainda, que seja tão vasta e perene a ponto de carecer de valor, ensejando sem maiores conseqüências uma exploração predatória como a que dizimou a mata atlântica em cinco séculos de colonização.

Não menos fundamental, porém, será a noção de que o valor entesourado na maior floresta tropical do mundo precisa ser apropriadamente avaliado e explorado, o que equivale a dizer que ela deve ser ocupada e utilizada de maneira sustentável, de modo a garantir a sobrevivência para uma parcela crescente de brasileiros, de preferência com uma renda e um nível de vida igualmente ascendentes. Qualquer outra proposta para a Amazônia, seja de preservação, seja de exploração, que não atenda a esse objetivo social, está fadada ao fracasso.

Como disse Euclides da Cunha numa famosa frase, relembrada pelo jornalista Ricardo Arnt em ensaio de 1991 ("Um Artifício Orgânico"): "A Amazônia é a última página, ainda por escrever-se, do Gênese". Ela terá de ser escrita por todos os cidadãos de um país que carrega o nome de uma árvore à beira da extinção, marca indelével de uma nação que principiou pela destruição sistemática de florestas, mas que nem por isso precisa insistir sistematicamente no erro.

Quanto às páginas do livro, serão escritas e apresentadas numa ordem concebida com a intenção de demonstrar a necessidade racional de revisar, desde a raiz, as noções mais correntes sobre a floresta amazônica. Sobre a floresta, bem entendido, e não sobre a Amazônia como unidade geopolítica. Não havendo como abarcar, numa obra desta extensão, todos os aspectos políticos, militares e estratégicos de um território tão vasto e problemático, optou-se por concentrar o foco naquilo que há de mais básico para esse debate: o ecossistema, em suas interações mais imediatas com as populações humanas e com o clima, regional e mundial. É manifesto que somente essas informações de fundo mais científico e econômico são insuficientes para dirimir os muitos debates sobre os destinos da macrorregião, do projeto Sivam ao problema da biopirataria, mas também não é menos certo que muitas das falsas polêmicas sobre ela seriam rapidamente resolvidas com apoio mais sólido e mais freqüente nessas mesmas informações.

No capítulo 1, os temas serão as riquezas mais propaladas da Amazônia, sua biodiversidade (riqueza biológica, ou quantidade de espécies) e sua sociodiversidade (riqueza cultural, ou multiplicidade de nações indígenas e populações tradicionais que a habitam e exploram, exercendo maior ou menor grau de pressão sobre o ambiente). O objetivo do capítulo será demonstrar que, apesar de todo o potencial dessa massa de diversidade e de conhecimento tradicional sobre seus usos para a nascente indústria da biotecnologia, dificilmente resultará daí uma forma predominante de atividade econômica, capaz de prover níveis crescentes de renda para milhões de pessoas. Extrativismo (borracha, castanha, essências) e sistemas agroflorestais (culturas perenes como cupuaçu, açaí e pupunha, por exemplo) são soluções atraentes, em particular se voltadas para o beneficiamento e o aumento do valor agregado dos produtos, mas dificilmente sustentariam mais que populações locais. Além disso, com a transformação progressiva da engenharia genética numa tecnociência da informação, a matéria-prima das seqüências genéticas naturais tenderá a perder importância.

O capítulo 2 será todo ele dedicado ao maior e mais problemático produto do extrativismo, a madeira. Sua exploração nos moldes atuais, absolutamente predatórios, tem funcionado como elo fundamental na cadeia de devastação iniciada com a abertura de estradas. Mas existem alternativas, como vêm comprovando projetos de manejo sustentável (extração racionalizada, que reduz drasticamente o desperdício e prepara o retorno à mesma área, três décadas após o primeiro corte) e de certificação ambiental de madeireiras, de olho num mercado internacional "ecologicamente correto". A principal conclusão do capítulo será que a madeira, mais que a agropecuária ou o extrativismo de produtos não-madeireiros, pode constituir a base de uma economia florestal para a Amazônia, com potencial para gerar renda e emprego para a maior parte de sua população, sem necessariamente levar à degradação da floresta.

Um dos aspectos mais fascinantes da floresta amazônica, suas relações com o clima regional e global, será contemplado no capítulo 3. A apresentação de alguns dos maiores e mais criativos projetos científicos em curso nas florestas tropicais do mundo, como o Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (mais conhecido pela abreviação inglesa LBA) e o Projeto Seca-Floresta, servirá para extrair conclusões aparentemente paradoxais, como a de que a floresta é fundamental para a sua própria sobrevivência, ou a de que seus padrões de nebulosidade e de precipitação se parecem mais com aqueles que prevalecem sobre os oceanos do que com os observados sobre os continentes. Em resumo, que a permanência da floresta é crucial para a manutenção de ciclos vitais para o clima e para a economia, justificando a emergência de um conceito que pode revolucionar a forma como se vê a Amazônia: o de serviços ecológicos, ou a contribuição da floresta para insumos equivocadamente tidos como inesgotáveis e, por isso, sem valor, como o maior aparelho de produção de água doce do planeta.

No capítulo final será defendida a conclusão de que a floresta tem, sim, um enorme valor. O que falta é quantificá-lo, explorá-lo e distribuí-lo melhor. Ou seja, que a paisagem florestal, a biodiversidade e a biomassa são commodities do futuro e já se encontram em pleno processo de valorização, produto da escassez crescente. Caberia assim, aos brasileiros, preservá-las, menos em benefício da humanidade que de seu próprio país; e por razões práticas, antes mesmo das motivações éticas (como a não-dilapidação de um patrimônio que também pertence às gerações futuras, as quais continuarão a necessitar dos serviços que a floresta provê ao homem). Enfim, que a exploração racional da floresta amazônica e sua conseqüente conservação constituem também um imperativo de ordem civilizatória, além de pragmática.

1 - Aziz Nacib Ab'Sáber, Amazônia - do Discurso à Práxis. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1996; p. 56
2 - Anna C. Roosevelt, "Paleoindian Cave Dwellers in the Amazon: the Peopling of the Americas". Em: Science, vol. 272; 19 de abril de 1996; p. 373.
3 - Anna C. Roosevelt, "Determinismo Ecológico na Interpretação do Desenvolvimento Social Indígena da Amazônia". Em: Walter A. Neves (org.), Origens, Adaptações e Diversidade Biológica do Homem Nativo da Amazônia. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi/CNPq, 1991.
4 - Betty J. Meggers, Amazonia: Man and Culture in a Counterfeit Paradise. Chicago: Aldine, 1971.
5 - O programa Avança Brasil se baseia no Estudo dos Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento, que, segundo o site do governo sobre o programa (www.abrasil.gov.br/), "é uma radiografia dos grandes problemas nacionais e das imensas oportunidades que o País oferece".
6 - Daniel Nepstad, João Paulo Capobianco, Ana Cristina Barros, Georgia Carvalho, Paulo Moutinho, Urbano Lopes e Paul Lefebvre, Avança Brasil: os Custos Ambientais Para a Amazônia (Relatório do Projeto "Cenários Futuros para a Amazônia"). Belém: Ipam, 2000.
Ver também o site: www.ipam.org.br/ O estudo crítico sobre impactos do projeto Avança Brasil está disponível em: www.ipam.org.br/avanca/ab.htm

Como o nome indica, a série "Folha Explica" ambiciona explicar os assuntos tratados e fazê-lo em um contexto brasileiro: cada livro oferece ao leitor condições não só para que fique bem informado, mas para que possa refletir sobre o tema, de uma perspectiva atual e consciente das circunstâncias do país.

"Folha Explica A Floresta Amazônica"
Autor: Marcelo Leite
Editora: Publifolha
Páginas: 104
Quanto: R$ 17,90
Onde comprar: nas principais livrarias, pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Publifolha

Planalto tenta reagir contra devastação

Assustado com a divulgação de que uma área equivalente a 14 vezes o tamanho de Porto Alegre foi desmatada na região, governo federal anuncia pacote que prevê maior fiscalização
Diante da divulgação de um estudo de que uma área de mata equivalente a 14 vezes o tamanho de Porto Alegre foi devastada na Amazônia, o governo federal reagiu.

Ontem, o Palácio do Planalto confirmou um pacote de medidas que inclui o reforço policial na região, a proibição de qualquer corte de floresta nos 36 municípios que mais desmataram e a suspensão de financiamento a projetos que possam ter vínculo com as derrubadas.

Assustado com a divulgação dos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência com ministros para discutir a reação. Lula decidiu divulgar uma lista com a relação dos 36 municípios campeões de desmatamento e também convocar uma reunião com os prefeitos dessas cidades e os governadores do Pará, de Rondônia, de Mato Grosso e do Amazonas.

Segundo o Inpe, 50% de 3.235 km² desmatados na floresta na Amazônia, nos últimos cinco meses de 2007, estão localizados em 19 municípios de Mato Grosso, 12 do Pará, quatro de Rondônia e um do Amazonas. A maior parte dos desmatamentos detectados no período se concentrou em três Estados: Mato Grosso (53,7% do total desmatado), Pará (17,8%) e Rondônia (16%).

- Nunca antes detectamos uma taxa de desmatamento tão alta nesta época do ano - disse Gilberto Câmara, diretor do Inpe, órgão que fornece imagens de satélite da área.

Na relação de providências que serão intensificadas pelo Planalto, estão o embargo de propriedades onde houve desmatamento e o bloqueio de financiamentos para aqueles que tiverem atividades que geram a derrubada de árvores e a exigência de recadastramento de propriedades localizadas nas regiões desmatadas.

Com a proibição dos financiamentos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil ficariam impedidos de liberar recursos para ações de pecuária e agricultura que promovam desmatamento ilegal. O Ministério da Justiça confirmou que, a partir do dia 21 de fevereiro, mais 780 policiais federais serão enviados à região.

A divergência em público dos ministros do Meio Ambiente, Marina Silva, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, sobre as causas do aumento da derrubada da floresta amazônica nos últimos cinco meses, motivou um pito do presidente nos dois. Marina reclamou do avanço da fronteira da soja e da agropecuária e Stephanes retrucou. Lula mandou dizer que não era hora de acusações, mas de tomada de providências.
Fonte: Zero Hora, 25 de janeiro de 2008

domingo, 27 de janeiro de 2008

A Amazônia e o planeta

A informação de que o dematamento da Amazônia voltou a acelerar-se representa um sinal de retrocesso na luta pela preservação desse grande tesouro natural brasileiro e mundial. Os satélites de detecção de desmatamento em tempo real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registraram a derrubada de 3,2 mil quilômetros quadrados da floresta nos últimos cinco anos de 2007. A questão é vital para a política preservacionista do governo e até para o reconhecimento internacional de nossa responsabilidade ambiental. Para o Ministério do Meio Ambiente, esses números não revelam a área real do desmatamento, que deve ser de mais de 7 mil quilômetros quadrados. A pressão econômica dos plantadores de soja e dos criadores de gado é a provável responsável pela alarmante constatação. A soja e a carne são commodities cujos preços subiram internacionalmente.
A preocupação oficial com os números do desmatamento, manifestada pelo presidente Lula ao convocar reunião emergencial de seis ministros para discuti-los, ganha importância pelo singelo fato de que o período em que o desmatamento ocorreu e foi constatado é o das chuvas na Amazônia. Se isso está ocorrendo na estação da chuva, o que esperar que aconteça a partir de abril, quando a Amazônia seca e se abre o período em que normalmente recrudescem as queimadas?
A preservação da floresta é um tema da mais absoluta atualidade. O mundo debate, com temor e aflição, a marcha ascendente do aquecimento global, para a qual contribui, entre outras causas, a devastação das reservas florestais. A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, realizada na Indonésia em dezembro de 2007, chamou a atenção do planeta para as contradições e paradoxos praticados em nome da política ambiental e de suas relações com o progresso econômico. E constatou que muitas vezes em nome do crescimento, especialmente da indústria, cometem-se atrocidades ecológicas, como a das emissões descontroladas de gases poluentes.
O Brasil vive, de alguma maneira, uma contradição semelhante. Em nome da necessidade incontestável de ampliar froteiras agrícolas e de produzir mais alimentos, avança sobre aquela que é a maior reserva florestal do planeta. Oficialmente nosso país adota uma política preservacionista, mas não consegue aplicar mecanismos que garantam sua implantação eficaz. Mesmo reconhecendo por seus governos e entidades de proteção ambiental que o futuro do país não está descolado, mas interligado e interdependente, do restante do planeta, o Brasil vive conflitos de interesses poderosos. O avanço do desmatamento é a comprovação dolorosa dessa realidade. Impõe-se, por isso, que as autoridades ambientais de todas as instâncias federativas falem a mesma língua e adotem as ações indispensáveis para implantar políticas industriais e agrícolas baseadas na consciência ambiental e na responsabilidade social.
Fonte: Pg 20, Zero Hora 25 janeiro 2008.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Rivalidade

Nas ruas da cidade encontra-se o pessoal que parece ser de um exército. O exército dos vermelhos contra os azuis. Mas estes vivem na rivalidade e na paz. Da torcida pelo clube muitas vezes nascem as grandes amizades, lados opostos, mas nem tanto. Amigos gremistas, fanáticos, amigos colorados, hoje felizes com um time que promete. Todos amigos e isso sim é muito bacana. Pavel tem estampada na moto a paixão pelo time. Rogério Vitali, tenta agradar colorados e gremistas, vendendo bandeiras e camisas nas mais diferentes cidades do Rio Grande do Sul. E assim vai crescendo o exército de colorados e gremistas que fazem a grandeza destes dois clubes. Deixo algumas imagens e volto atualizar o blog no dia 27/01. A moto do gremista Pavel, preocupado com a atuação do time no último jogo ainda teve que assistir o Inter vencer o Veranópolis com boa atuação de Nilmar. Aliás, encontrei gremistas que querem Pato e Nilmar na seleção. Se continuar jogando como ontem, não tenho dúvida de que Dunga chama o colorado. Rogério Vitali vende camisas, bandeiras e outros produtos da dupla GRENAL. As bandeiras podem custar R$ 80,00 as maiores, e R$ 40,00 as menores. As camisas mais baratas podem custar R$ 40,00.

Benefício da Prestação Continuada

O Decreto nº 6214, entrou em vigor no mês de setembro de 2007. É considerado um avanço no campo das políticas sociais e para acessos dos deficiêntes aos recursos do pouco conhecido programa "Benefício de Prestação Continuada" (BPC). A lei adotou definições que se aproximam da Classificação Internacional de Funcionalidade, Deficiência e Saúde (CIF), elaborada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e aceita por 191 países.
Podem receber o benefício pessoas idosas com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência. O benefício pode ser concedido independentemente de contribuição prévia à Previdência Social. A renda familiar nos dois casos deve ser inferior a um quarto do salário minímo.
O cadastramento da pessoa é feito nas agências do INSS, pelo próprio portador de necessidades especiais. Basta apresentar certidão de nascimento ou casamento, documento de identidade, carteira de trabalho ou outro que identifique o cidadão, CPF, um comprovante de residência, um documento legal no caso de procuração, guarda, tutela ou curatela; e papéís que comprovem a renda familiar.
O Benefício de Proteção Continuada também encontra amparo legal na Lei nº 10741, de
1º de outubro de 2003, que institui o Estatudo do Idoso.

Maninho já recebe benefício da Previdência. A deficiência visual não impede que exerça várias atividades como ministrar aulas de música e fazer apresentações na igreja. Maninho recebe exemplares de revistas de circulação nacional, como a Veja. Além disso usufrui dos benefícios da tecnologia como o telefone celular que tem funções específicas para pessoas com deficiência visual. Também procura informações sobre o trabalho de entidades com a Fundação Dorina Nowill e a Associação dos Deficiêntes Visuais. Domina o método Braille e enquanto anota meu telefone, fala com entusiasmo do criador: "Louis Braille é francês, perdeu a visão com três anos brincando na serralheria, quando furou um dos olhos e com a demora para ir no médico perdeu também a visão do outro olho. Depois ele inventou o método Braille tão perfeito que é usado até hoje. Eu mesmo já li dois livros sobre a história dele em Braille", conta Maninho.

Meio ambiente

Em Santa Rosa-RS, equipes da prefeitura fazem o trabalho de separação do lixo orgânico do seco. Eles passam e amontoam o lixo e outros colegas passam com o caminhão recolhendo. Um calendário orienta a população para a separação do lixo. O serviço de coleta não é terceirizado, já foi no passado e não diminuiu custos.
Além da coleta seletiva de lixo, outra preocupação com o meio ambiente acaba ajudando na prevenção contra a dengue. A Fundação Municipal de Saúde inicia o projeto de coleta de pneu velho. Os pneus são recolhidos por carroceiros cadastrados na prefeitura, aí é feito o encaminhamento aos fabricantes. O poder público paga R$ 0,40 por unidade. Só no primeiro dia foram entregues 550 pneus. Iniciativa para reduzir custos com fiscalizações dos agentes de saúde, ajudar ao meio ambiente e gerar renda aos carroceiros.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Verão Mágico

O Verão Mágico é uma promoção da RBS TV e da Prefeitura Municipal de Santa Rosa-RS. Os jogos são realizados a partir das 19:00h nas quadras do Parcão. As modalidades em disputa são: Futebol de areia, futevôlei, vôlei de dupla, vôlei 4 x 4, vôlei família, vôlei irmãos, vôlei misto, basquete de areia e handebol de areia.
Antes do início do evento algumas melhorias foram feitas no local. Uma delas a construção de arquiban cadas.
O Parcão é um ótimo local para levar crianças, tomar chimarrão e bater papo com os amigos no final da tarde. Fica ao lado da Praça 10 de Agosto, no centro de Santa Rosa.
Os adeptos das caminhadas aqui são muitos. E a Av. Expedicionário Weber, que dá acesso ao Bairro Cruzeiro e passa pelo Parcão se transforma todo final de tarde em pista de atletismo. É enorme a quantidade de pessoas caminhando em busca de saúde e do melhoramento do condicionamento físico.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Nagasaki na lembrança

Santa Rosa é uma cidade na qual encontra-se muita gente que veio da Alemanha, Itália, mas do Japão, são poucos. Sanji Sakai e Kazuko Sakai (foto), vieram do Japão para o Rio Grande do Sul em 1962. Kazuko conta que não sabia que viria para o Estado do Sul do Brasil. Sabia que o Brasil era um país tropical, pensava em uma região quente e sorri ao contar que estranhou quando percebeu que tratava-se de uma região na qual a geada estava presente no inverno. Chegou depois de passar enormes dificuldades em consequência das bombas atômicas que arrasaram Hiroxima em 6 de agosto de 1945 e Nagasaki no dia 9de agosto. Morreram cerca de 100 mil pessoas em Hiroxima e 80 mil em Nagasaki. As vítimas eram civis, cidadãos comuns, já que nenhuma das duas cidades era alvo militar muito importante. Familiares de Kazuko Sakai ainda estão em Nagasaki, desde que pegou o navio e partiu para o Brasil só retornou ao Japão uma vez. O ano foi o de 2003, uma viagem para matar a saudade principalmente da mãe, que em abril de 2007 completou 100 anos. O casal tem um filho e quatro netos. O filho se formou em medicina e hoje atua em Santa Rosa-RS.
A casa de Kazuko e Sanji é aconche gante, o casal é uma simpatia e pode-se perceber que existe um local para guardar mantimentos. Uma preocupação que mantêm desde os tempos de guerra no país de origem. Além de vários objetos que lembram o Japão, como quadros e enfeites japoneses. Além deles este gatinho, que Kazuko Sakai me explica sorrindo: "este gatinho no Japão significa fartura, e dinheiro".

Destino de remédio vencido

Em Passo Fundo, uma lei municipal obriga as farmácias da cidade a manterem urnas para receber medicamentos com prazo de validade vencido. A justificativa do vereador que apresentou o projeto, Dyógenes Basegio é de que muitas vezes a população não sabe o que fazer com esses remédios, que podem trazer malefícios. A medida deve entrar em vigor em 90 dias.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Sistema de atendimento com senha não funciona na prefeitura de Santa Rosa-RS

O atendimento no setor de arrecadação da prefeitura da cidade é bastante confuso. Hoje peguei o número da senha 119. Estava aguardando e vi que o contribuinte que está sendo atendido (foto primeiro plano), estava com o número 118. Depois que ele passou, a atendente estava perdida, sem saber que número de senha chamar. Aí me adiantei e disse que pensava ser o próximo, pois o cidadão do lado tinha o número 118. Aí alguém que aguardava falou que tinha o número 115, outro o 117. O gaudério tinha pulado a fila, não por desatençao de quem estava aguardando, pois não existe o marcador eletrônico para que os funcionários chamem quem aguarda com o número da senha na mão. Uma falha terrível, que dificulta o trabalho de quem está ali atendendo a população e pode por irresponsabilidade de alguns funcionários pode acabar privilegiando algumas pessoas que são discretamente chamadas para ganhar tempo no atendimento.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Projeto Jovem Orientador

O Projeto Jovem Orientador de Trânsito foi criado em 2005, pelo secretário de Desenvolvimento Social do município de Santa Rosa-RS, Gilnei Bauken de Oliveira (foto). Depois de analizado pela Promotoria, Juizado da Infância e Juventude e aprovado pelo Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, foi também aprovado pelo poder Legislativo e implantado pelo Executivo no ano de 2006. A primeira turma de 50 jovens que são estudantes de famílias carentes do município que tenham entre 16 e 18 anos, foi formada pelo SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, em curso de duração de quarenta dias.
Os orientadores de trânsito recebem meio salário mínimo, material de trabalho, assistência médica e estão adequados ao que pede a Lei Federal do Jovem Aprendiz.
Até hoje, o projeto beneficiou com o primeiro emprego 130 jovens, destes 90% saem empregados depois de passar pelo controle dos monitores da Secretaria de Trânsito.
A entrevista para Jairo Madril, no programa Ponto e Contra Ponto da Rádio Noroeste foi concedida hoje no período da tarde. Além das explicações sobre mudanças na cobrança, que é de R$ 0,50 a hora e poderá ser feita por meio de cartão; facilitando o pagamento, Gilnei que está saindo da secretaria para participar das eleições municipais também falou sobre outros projetos que implantou e que devem continuar sendo concluidos ainda na gestão do atual prefeito.

Juventus

A situação do futebol santa-rosense não é diferente da vivida pelos clubes do interior mato-grossense. Pode-se até concordar que poder público não tem que investir em futebol profissional. Mas poder público deveria ter a obrigação de manter em condições, por exemplo, um estádio de futebol que seja do município e sirva para competições locais e seja sede para mando de campo do clube que represente a cidade. Afinal de contas clube jogando futebol em campeonatos estaduais, divulgam o nome do município, de graça, para todo o país.
Mas como muitas vezes falta seriedade para tratar o esporte como ele mereçe, o que se percebe no estádio Carlos Denardim, que já foi palco de jogos do Dínamo na primeira divisão do gauchão, enfrentando a dupla GRENAL, é o abandono. Combinado com a falta de recursos para o Juventus participar do campeonato da segunda divisão sobra para o torcedor local, assistir jogos da dupla e torcer pela televisão.
O problema afeta diretamente no surgimento de novos craques, já que a garotada, não tem mais aquela inspiração para se espelhar no jogador que está atuando na cidade. Lembro que quando joguei nos juniores do Dínamo, pude fazer meu primeiro coletivo junto com os profissionais, foi algo inesquecível. Joguei com os boleiros que assistia aos domingos, Góia, Zequinha, Salsicha, Paulo Henrique, Lamar, Sandro Blum, que também fazia o primeiro treino, vindo de Três de Maio. Este sentimento de conviver com ídolos os garotos que se apresentaram hoje na escolinha do Juventus não terão. São garotos de 8 a 15 anos que são observados por Osmar Weber, o Chico (foto detalhe), irmão de Roberto Gaúcho, jogador que passou por grandes clubes do Brasil e conquistou títulos importantes no Cruzeiro. Hoje, por intermédio de Roberto (último agachado da direita), Chico leva garotos que se destacam para treinar e tentar a sorte em times maiores. A escolinha sorteia um fusca para cobrir custos com atletas. Os juniores do Juventus, com idade entre 17 e 20 anos começam treinar em março para disputar o campeonato gaúcho da categoria.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Gauchão 2008

Ale Menezes domina para fazer 1 x 0.
Começou ontem o gauchão deste ano. O Grêmio passou fácil pelo 15 de Novembro. Assisti o jogo em um bar da cidade, estava acompanhando a garotada na Copa São Paulo, quando Da Silva fez 2 gols e empatou o jogo em 3 x 3 contra o Santos. Depois uma vitória nos pênaltis. Cheguei no bar, uma galera do Grêmio, todos de uniforme. E outros sem a camisa tricolor. Logo percebi que eram os colorados. Como não consegui ingresso para assistir o jogo em Santa Maria. Acompanhei a transmissão do jogo do Inter pela RBS TV. Qualquer um que conheça o futebol gaúcho, sabe que jogar com o Inter de Santa Maria, ou qualquer outro time do interior na casa deles, é parada duríssima. E o Inter de Santa Maria, com Ale Menezes fez 1 x 0. Mas a obrigação de vencer fez com que logo o empate viesse através de um belo lançamento de Magrão, que Wellington Monteiro conclui muito bem. E no lance seguinte, Iarley fez o segundo do Internacional. Era a virada em 20 minutos de jogo. Mas depois de pênalti Jean Michel fez 2 x 2.
No segundo tempo o Inter de Santa Maria se fechou mais ainda. Pois a diferença na preparação dá uma vantagem ao time da capital no condicionamento físico. Aí somente Iarley conseguiu aparecer no jogo com boas jogadas, que não eram aproveitadas pelos companheiros. Um bom jogo, que ficou tendo no empate um resultado justo.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Variação no preço do combustível

No Rio Grande do Sul a gasolina está com preço que agrada o consumidor, principalmente se formos comparar com os preços do combustível em Mato Grosso. Confira na reportagem do dia
26/12/2007:
MT: Gasolina ensaia redução, mas mantém ranking
De acordo com a última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que apurou o comportamento dos combustíveis na semana de 16 a 22 deste mês, a gasolina em Mato Grosso, depois de duas semanas estabilizada, iniciou um tímido recuo, mas ainda insuficiente para tirar do Estado o segundo lugar no ranking nacional do preço de bomba mais caro do país, perdendo apenas para o Acre que se mantém líder e com o produto cotado a R$ 2,86. O litro no Estado passou de R$ 2,87 para R$ 2,84, redução de 1,04%. Mesmo com a sinalização de baixa apontada pela ANP na última sexta-feira – quando divulgou a nova rodada de pesquisas – o varejo cuiabano revela preços ainda menores para o consumidor e uma queda mais significativa: R$ 2,81 e uma redução de 2,09%, comparando a média estadual de R$ 2,84 apontada pela ANP. Conforme a última pesquisa que monitorou preços em oito cidades do Estado, Cuiabá oferece o menor preço na bomba (R$ 2,83), seguida de Várzea Grande (R$ 2,84). Já os campões em preços da gasolina no Estado são municípios ao norte, como Sinop e Alta Floresta, onde o preço de bomba pode ser encontrado acima de R$ 3. Se a gasolina se mantém como a segunda mais cara do Brasil e sinaliza um período ‘de promoções’, como justificam alguns gerentes de postos, o álcool comercializado em Mato Grosso mostra trajetória contrária – já elevou os preços de bomba – mas, mantém a posição de o segundo com o litro mais barato do país, perdendo apenas para São Paulo, com preço médio de R$ 1,29. Mato Grosso apresenta média no período de R$ 1,44, alta de 1,4% em relação aos preços médios observados há cerca de quatro semanas. Na região Centro-Oeste, Mato Grosso tem o preço mais barato. Entre os municípios monitorados pela ANP no Estado, Santo Antônio de Leverger tem o álcool mais barato de Mato Grosso com preço de bomba de R$ 1,39. A média dos preços na Capital é de R$ 1,40 na bomba e o mais caro, R$ 1,85 em Alta Floresta (800 quilômetros ao norte de Cuiabá).
Fonte: Diário de Cuiabá

O empresário Alexandre Henrique Ziech (foto), tem duas lojas de confecções na cidade de Santa Rosa-RS. As viagens para atender clientes da região e também para buscar mercadorias são constantes. Segundo ele, abastecer na cidade do noroeste gaúcho é vantajoso.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Orientadores de trânsito

Hoje percebi alguns meninos na Avenida América e parei para perguntar o motivo da presença deles ali, com uniforme e identificação. Eles me explicaram que naquela área existe a cobrança de R$ 0,50 para estacionar os carros. O local da cobrança é identificado com a pintura de azul, e placas indicativas. O motorista pode deixar o carro e a cada uma hora paga os cinqüenta centavos. Para motos não existe cobrança. Os garotos como Lucas Vinicius Baumgartner(foto), devem estar estudando e no caso dele que terminou os estudos neste ano, podem ficar até completar 18 anos. Perguntei se não existia alguns motoristas que complicavam, para não pagar, aí ele disse que no começo sim. Mas que agora o pessoal já está se acostumando. O sistema existe nas ruas e avenidas nas quais o movimento no comércio é intenso.

Banrisul

Foto: Agência do Banrisul em Santa Rosa-RS.
Hoje o comentário de Paulo Santanta, na RBS TV foi sobre compras de equipamento e o descontentamento dos funcionários:
"O Banrisul comprou muitos equipamentos e os funcionários do Banrisul, muito justa e apropriadamente, potestaram publicamente. Eles sentem que ao comprar estes equipamentos o Banrisul irá diminuir o número de funcionários. A direção do Banrisul em resposta garantiu que nenhum funcionário será demitido com a compra dos equipamentos. Não interessa se nenhum funcionário será demitido. O que interessa para os funcionários do Banrisul e para todos os das outras empresas é que o Banrisul continue contratando. E isso fica ameaçado com a compra dos equipamentos. É uma questão para profunda reflexão".

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Depois de 9 anos prédio da prefeitura é demolido

O prédio da prefeitura municipal de Santa Rosa-RS ficou nove anos interditado, por falta de segurança. Agora está sendo demolido. A fachada será mantida, para não se perder o referencial histórico do prédio, que tem mais de 60 anos. Para estabilização da fachada foram gastos R$ 360.000,00 e para demolição aproximadamente R$ 170.000,00.
O poder público deve aproveitar em torno de 60% dos tijolos e madeiras da demolição. Em 90 dias os trabalhos devem ser concluidos e no local deve ser construído um centro cultural. As informações são da reportagem de Renato Stolarski e Mariane Schlindwein exibida na RBS TV Santa Rosa, no Jornal do Almoço de hoje.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

RBS TV Santa Rosa

Uma passadi nha na RBS TV Santa Rosa pra matar a saudade. Hoje assisti o Jornal do Almoço e vi a Maristani Weiand na bancada, aí pensei: A Lisiane deve estar de férias. Não deu outra, a Sackis está folgando e a Maristani está no comando do departamento de jornalismo.
Também havia visto imagens do meu amigo Renato Stolarski, este é fera. Trabalhou comigo, em uma época de muitas alegrias. É um daqueles caras polivalentes.
A Maristani mesmo não tendo sido minha colega, me recebeu com simpatia singular. Aí aproveitei para registrar: César, Maristani, Magnos e Lisandra.
A Mariane, não foi tirar foto com a gente. Acho que estava bastante ocupada, é assim mesmo tem horas que as coisas estão corridas. No bloco do esporte uma matéria do Jean Carlos Shera, que está jogando um campeonato por aqui. Pena que nas imagens não apareceu nenhuma bela jogada do garoto, não sei se ele não tava jogando nada no treino, ou se tiveram pouco tempo pra pegar lances do guri.

Muitas paradas e 46 horas depois

Realmente, uma viagem longa, cansativa e cheia de paradas. Além da parada pelo acidente, para se chegar ao Rio Grande do Sul numa época destas é bastante complicado. Em todas as rodoviárias existem pessoas embarcando. Mas no final o importante é chegar bem. E a gente percebe pelo grande número de acidentes que cada vez os passageiros estão mais preocupados. Situação que incomoda.
Mas já em Santa Rosa, minha primeira volta pela cidade, percebi que tudo continua muito belo. A cidade linda, não podia ser diferente. Bastante arborizada e o que me chamou atenção, são os catadores de papel reciclado, que andam de carroça. Agora de manhã já encontrei dois. Mas não são só eles, encontrei outras três carroças carregadas de mercadorias, uma região agrícola, na qual predominam as pequenas propriedades rurais.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Viagem interrompida

Depois de alguns minutos passou a ambulância e percebemos que havia acontecido um acidente. Não deu pra ver muito bem o local, a distância era grande. Passando pelo local, duas horas e meia depois deu para perceber a gravidade do acidente. Confira a reportagem do campograndenews.com.br sobre o acidente:
Carreta avançou sobre veículos que esperavam obra na 163
Aline dos Santos
Sidney Assis, de Coxim.

A Polícia Rodoviária Federal resolveu interditar a pista nos dois sentidos.

O acidente que envolveu quatro veículos hoje na BR-163, a 15 km de Coxim, foi causado por uma carreta bitrem (placas IMF-9396, de Garibaldi/RS) que avançou sobre uma fila de veículos que aguardavam que a pista, que passa por obras do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte), fosse liberada.

A carreta bateu na traseira do ônibus da Viação Serra Azul (placas NCQ-2131, Ji Paraná), que esperava para seguir viagem no sentido Rio Verde a Coxim. Com o impacto da colisão, o ônibus girou e parou, já destruído, na pista contrária. Na trajetória, o ônibus bateu na caminhonete F-1000 (placas MCZ-3650), que colidiu com a Toyota Hilux (placas HRN-5218, Rio Verde de Mato Grosso), que por sua vez bateu na traseira de um caminhão.

Após iniciar a série de colisões, a carreta caiu em uma ribanceira e se incendiou. O motorista, com ferimentos graves, foi salvo graças à solidariedade de seis pessoas que trabalhavam na obra do Dnit. Ele ficou preso nas ferragens e só foi retirado após cinco tentativas. O mesmo grupo de pessoas socorreu os cinco passageiros (sendo duas crianças) da caminhonete F-1000, que também caiu na ribanceira.

No ônibus, os sete passageiros e os motoristas sofreram ferimentos. Todos os feridos, ainda sem identificação, foram levados para Coxim. O condutor da Toyota saiu ileso. O motivo da carreta não ter parado ao avistar a fila de veículos ainda não foi determinado. A BR-163 foi interditada nos dois sentidos; o congestionamento chega a 8 km.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Com destino ao Rio Grande

No dia 15 volto atualizar o blog. Por enquanto em viagem para Santa Rosa.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Bateu no poste


Uma idéia simples, para provar que na política pode-se fazer bastante, sem precisar gastar muito do dinheiro público. E como acredito que a vida pública precisa de mais trabalho, e menos auto-promoção, não vou citar o nome do autor da indicação que solicitou ao Executivo Municipal a identificação do nome das ruas, em postes da cidade de Sinop-MT.
O problema não se resolve pintando uma meia dúzia de postes, no centro. Tarefa desenvolvida no ano passado. Esperamos que em 2008 se tenha a pintura de postes da cidade também em bairros distantes do centro. Aliás, é por lá que deveria começar a pintura.
E como a idéia não é só sair pintando o nome das ruas nos postes, daria para melhorar bastante a reformulação na sinalização. Junto com o nome das ruas pode-se colocar na parte superior a numeração compreendida no trecho, já que em muitos bairros, não existe a numeração nas casas. Assim os pedestres e motoristas saberão se os números estão aumentando ou diminuindo e principalmente os visitantes podem localizar os bairros mais facilmente.
O desenvolvimento do trabalho é simples e com a orientação da secretaria de infra-estrutura e a colaboração de moradores dos bairros pode ser feito através de mutirão. Em conjunto, poder público e sociedade organizada, através do cadastramento de voluntários e definição de datas, feito por presidentes de bairros podemos ter em pouco tempo a vida de moradores bastante facilitada.