Santa Rosa é uma cidade na qual encontra-se muita gente que veio da Alemanha, Itália, mas do Japão, são poucos. Sanji Sakai e Kazuko Sakai (foto), vieram do Japão para o Rio Grande do Sul em 1962. Kazuko conta que não sabia que viria para o Estado do Sul do Brasil. Sabia que o Brasil era um país tropical, pensava em uma região quente e sorri ao contar que estranhou quando percebeu que tratava-se de uma região na qual a geada estava presente no inverno. Chegou depois de passar enormes dificuldades em consequência das bombas atômicas que arrasaram Hiroxima em 6 de agosto de 1945 e Nagasaki no dia 9de agosto. Morreram cerca de 100 mil pessoas em Hiroxima e 80 mil em Nagasaki. As vítimas eram civis, cidadãos comuns, já que nenhuma das duas cidades era alvo militar muito importante. Familiares de Kazuko Sakai ainda estão em Nagasaki, desde que pegou o navio e partiu para o Brasil só retornou ao Japão uma vez. O ano foi o de 2003, uma viagem para matar a saudade principalmente da mãe, que em abril de 2007 completou 100 anos. O casal tem um filho e quatro netos. O filho se formou em medicina e hoje atua em Santa Rosa-RS.
A casa de Kazuko e Sanji é aconche gante, o casal é uma simpatia e pode-se perceber que existe um local para guardar mantimentos. Uma preocupação que mantêm desde os tempos de guerra no país de origem. Além de vários objetos que lembram o Japão, como quadros e enfeites japoneses. Além deles este gatinho, que Kazuko Sakai me explica sorrindo: "este gatinho no Japão significa fartura, e dinheiro".
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