Foto do pátio de uma madeireira em Sinop-MT.
Cinquenta quilômetros de destruição separam as cidades de Alta Floresta e Paranaíta, no extremo norte de Mato Grosso. O caminho por terra entre os dois municípios --listados entre os 36 mais devastados da Amazônia-- em nada lembra a imagem de natureza imponente em geral associada à região, revela reportagem da Folha de S.Paulo desta segunda-feira.
Às margens da rodovia MT-206, e até onde a vista alcança, predominam as pastagens, o gado e os restos queimados do que um dia já foi a floresta.
Uma medida provisória de 2001 obriga as propriedades a preservar 80% de sua reserva legal --antes dessa data, a obrigação era de 50%. "Nenhuma propriedade nessa rodovia manteve a reserva legal", diz o chefe-substituto do Ibama em Alta Floresta (830 km de Cuiabá), Cláudio Cazal.
Um novo alerta sobre desmatamento na Amazônia foi divulgado na quarta-feira (23) pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Os dados foram baseados em imagens captadas por satélites no último trimestre do ano passado e indicam a derrubada de matas em ritmo acelerado, numa média de mais de 1.000 quilômetros quadrados por mês.
De acordo com os dados do Inpe, o ritmo mostrou-se especialmente acelerado em Mato Grosso --que havia perdido a liderança no ranking do desmatamento para o Pará-- e em novembro e dezembro --meses em que tradicionalmente não há corte raso da floresta porque chove muito.
Fonte: Folhaonline
Nenhum comentário:
Postar um comentário