domingo, 24 de maio de 2020
Desculpa esfarrapada
Quando o pedido de desculpa do condenado é mais adequado do que o pedido de desculpa do juiz que o condenou fica claro o papel que cada um exerce no momento histórico do país. O pedido do condenado pouco importa, mesmo que tenha se dirigido a cada um dos brasileiros pelo fato dele não participar exercendo cargo público desde 2010. Mas em relação ao ministro que participou ativamente do processo eleitoral. Que aceitou um cargo no governo. Que saiu do governo com o presidente falando que ele só aparecia nas boas, nos revelou o quanto foi bom ex ministro ter abandonado a justiça. Não é justo que o ex ministro tome uma decisão (e veja bem, isso deveria ser especialidade dele, tomar decisão certa) de pedir desculpas para o eleitor do presidente. E não é pelo fato do eleitor do presidente não merecer. O pedido de desculpas demonstra que o ex ministro era despreparado para o cargo. As desculpas pedidas ao eleitor do presidente se justificariam em período eleitoral. A desculpa que ele deveria pedir é ao cidadão brasileiro, por ter aceitado o convite e ter corroborado com parte de juristas que contestam o processo. O pedido de desculpas ao eleitor mostra que ele pensava em eleição quando deveria pensar em governo, que é (ou deveria ser) para todos. Aliás, tomara que quando condenou, que quando juiz ele não tenha cometido o mesmo erro, pensando nos eleitores.
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