domingo, 7 de junho de 2020
Futebol, religião e política
Nunca participei de grupo de família, aí esses dias me enfiaram em um. Comecei acompanhar e como estamos numa pandemia, mais de 1.000 mortes por dia e um dos familiares enviou 1 vídeo de um médico defendendo uso da cloroquina como remédio para Covid eu mandei outro de um infectologista que trabalha em hospitais públicos e privados e que resumia alertando que o único remédio para quem tá na UTI é leito com toda aparelhagem e profissionais altamente qualificados para tratar o paciente. Aí já me mandaram que não poderia falar de política, futebol e religião. Não entendi e resolvi ficar mais um pouco, afinal, falei de saúde. Aí noutro dia postei sobre a quantidade de mortes. Nada de política, mas pra alertar que estamos num período crítico e que vai piorar. Novamente fui censurado com os mesmos argumentos da primeira vez. Aí me disseram que todo mundo tem rádio TV e internet. Respondi que muitas vezes pode faltar uma informação confiável. Aí veio o "Globo lixo nem assisto" pronto, sai do grupo. Vejam bem, o grupo não quer que fale de política e eu não entendi (ou melhor eu preferi fazer de conta que não entendi) até ter a prova do motivo. Mas a situação é tão patética que me parece que o ódio que durante a campanha era pelo vermelho agora é por uma emissora de TV. E se manifesta simplesmente por passar informações que não agradam quem quer que não se fale sobre política. Eu entendo que hoje falar sobre política pra quem não tem como defender uma posição é difícil, agora querer que as pessoas se calem sobre a catástrofe para agradar um governo aí é transformar esse país numa Venezuela.
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