terça-feira, 2 de março de 2010

Artigo Diário

Começo as atualizações de 2010 com um artigo publicado hoje, no Diário Regional sobre um problema crônico de Sinop. Claro que perto dos problemas na área de saúde, por exemplo, parece bobagem, mas faz parte de uma realidade que precisa mudar.

Da falta ao desperdício

A orientação que tenho da polícia militar é de que os assaltantes valem-se do fator surpresa para atacar. No bairro Jardim Paraíso, Rua das Petúnias, esquina com a Rua dos Coqueiros a iluminação pública não existe. São cinco postes com lâmpadas apagadas, um do lado do outro! A combinação transforma o local em ponto favorável para prática dos delitos e até de acidentes. No sábado depois que um ciclista foi atropelado no cruzamento que se transformou em sinônimo de escuridão, fui até a delegacia para registrar um boletim de ocorrência. Não consegui! Fui informado que não cabe registro de ocorrência policial para tal situação. Primeiro preciso ser assaltado.
Antes disso já liguei para o 08006470809 e passei o endereço dos moradores que estão sendo prejudicados com o número de cada poste no qual a lâmpada não funciona.

Esperei 10 dias e não tive retorno. Resolvi ir até a secretaria da cidade e levar por escrito os locais para trocar as lâmpadas. Esperei mais uns 10 dias e novamente não tive retorno. Depois disso ainda liguei novamente e repeti o endereço para o disk iluminação. Já se passaram mais de uma semana e também não tive retorno.

Parece brincadeira! É a realidade de Sinop-MT. Uma cidade na qual impera a incompetência administrativa do gestor público, quando se coloca o item Iluminação. A prova não são apenas lâmpadas que o órgão responsável não consegue acender. Ela fica mais visível nas luzes que não consegue apagar. Desde fevereiro de 2007 venho denunciando a existência de luzes acesas durante o dia pela cidade. Três anos depois da primeira reclamação que fiz junto ao órgão, o problema ainda não foi resolvido. Pior, tem aumentado.

Hoje para se ter uma idéia existem 15 lâmpadas acesas na Avenida das Itaúbas, 25 lâmpadas acesas durante o dia na Avenida dos Jacarandás e uma praça no Jardim das Oliveiras que consome energia durante o dia em 11 das 15 luminárias e ainda conta com ajuda de mais 7 postes com luz acesa nas ruas ao lado.

Quando fiz a denúncia em fevereiro de 2007 cada uma delas significava o desperdício de R$ 16,00 por mês. Em valores da época, teríamos o gasto mensal de R$ 928,00 somente nos locais citados. Vale lembrar que por todos os bairros da cidade existe o problema que parece não ser percebido por moradores e nem questionado por vereadores que deveriam fiscalizar a prestação do bom serviço público. Em uma das sessões do mês passado um deles; da situação, chegou ao ponto de pedir para que as assessoras não fizessem mais indicações para trocar lâmpadas. Segundo ele, não adianta mais pedir para que a prefeitura faça o serviço. Os da oposição não se pronunciaram sobre o assunto.

Enquanto passo por estes locais e vejo tamanho absurdo, continuo pagando a CIP – Contribuição de Iluminação Pública que no mês passado foi de R$ 4,36. Parece pouco, mas somado aos valores de meus vizinhos, que também vivem na escuridão se transforma em um valor significativo. Valor pago por um serviço não prestado e eu não posso registrar sequer um boletim de ocorrência contra o que considero bem mais que uma cobrança abusiva. Coloco como uma falha grave que contribui para insegurança pública.

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