Os três vereadores de Sorriso, a 418 quilômetros de Cuiabá, presos nesta sexta-feira (17) por suspeita de formação de quadrilha com a finalidade de tentar extorquir o prefeito, devem ser transferidos para a Penitenciária Central do Estado, antigo presídio Pascoal Ramos, por não terem curso de nível superior.
Em princípio, a partir da decisão da juíza Nilza Maria de Carvalho, que resultou na operação "Decoro", eles foram encaminhados à sede da Polícia Interestadual de Mato Grosso (Polinter), em Cuiabá, por se tratarem de autoridades.
Porém, ao averiguar o "currículo" dos parlamentares o Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco) reanalisou o cumprimento dos mandatos de prisão e os transferiu para o Pascoal Ramos, onde vão se misturar aos outros reeducandos até a conclusão do processo de investigação, perdendo o direito a celas individuais.
Além dos três parlamentares, a proprietária de um veículo de comunicação, Filomena Alves Abrantes, que é mulher de um ex-presidente da Câmara e atual vereador, Francisco Chagas Abrantes (PR), um dos presos, também foi detida na mesma operação no município. Ela está na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, na capital.
A investigação durou três meses e constatou que os vereadores Gerson Luiz Francio (PSB), conhecido como Jaburu, Roseane Marques de Amorim (PR) e Chagas Abrantes exigiam proprina entre R$ 40 mil e R$ 500 mil para aprovar projetos e contas da Prefeitura de Sorriso.
No momento da prisão, Roseane alegou que não devia nada e que iria provar na justiça a inocência, assim como Chagas Abrantes. Segundo ele, as interceptações telefônicas estão disponíveis na internet. "Os autos gravados pelo Ministério Público Estadual está na internet e é uma lição de honestidade que dou a eles", disse, em entrevista à TV Centro América, pouco antes de ser detido. Os demais não quiseram se manifestar.
Fonte: Pollyana Araújo Do G1 MT
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