quinta-feira, 22 de novembro de 2007

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Dar nomes
22 de novembro de 2007 - 14h28

O nome á algo que me intriga. É uma escolha que não é feita por nós mesmos e muitas vezes os pais não são tão felizes ao dar nome para os filhos. Mas depois que passamos a ser conhecidos como Fulano é muito complicado virar Sicrano. Alguns acabam conhecidos pelo apelido, tanto que muitas vezes o apelido é tão característico que o nome cai no esquecimento.

Sinop por exemplo, pode ser lembrada por Capital do Nortão. Serve como um codinome, afinal de contas, muitas vezes é melhor não sermos lembrados pelo nome.
Não concordo que Sinop seja um nome feio. Acho simpático, mas já tive que explicar o motivo da designação. Confesso que me senti incomodado. Fiquei pensando: sou gaúcho, morando no Norte de Mato Grosso e minha cidade se chama Sociedade Imobiliária do Noroeste do Paraná?
Mas depois que vi algumas trocas que foram feitas, como Av. dos Mognos por Av. Julio Campos percebi que o problema era bem maior e tive a prova com o batizado do terminal aeroportuário como sendo: João Figueiredo.
Neste caso é melhor ficar sem saber o porquê eles tem esses nomes. Melhor fazermos como quando consumimos produtos, ou você se pergunta qual a origem das marcas que consome em supermercados?

Mas existem situações que são bastante interessantes e vale pesquisar. Uma delas é o nome do Ginásio ou Complexo Olímpico José Carlos Pasa. Merecida homenagem e convenhamos: o nome do homenageado caiu como sobrenome ao palco esportivo.
Longe de estarem sendo desmerecedores de homenagens, mas talvez em circunstâncias não muito próprias, o que se vê hoje é uma característica dos poderes constituídos de estar denominando ruas, clubes e locais (que tem sedimentado na comunidade a denominação tradicional) com nomes de pessoas que nos deixaram.
Um exemplo bem claro é a Av. da Saudade. Quer algo mais apropriado que Avenida da Saudade para local que dá acesso ao cemitério municipal?
O Gigante do Norte é outro exemplo característico. Acaba tornando-se injusto, pois quem deveria ser lembrado, aí sim acaba caindo no esquecimento. Sinceramente: o Gigante do Norte continua sendo e será por muito tempo ainda, lembrado apenas como Gigante do Norte.
Nomes próprios são mais difíceis de lembrar, uma árvore é uma árvore, não precisamos dizer que uma árvore é um vegetal, com troncos, raízes e copa. Não estranhe se daqui algum tempo surgir alguém querendo que o nome de Av. dos Jequitibás vire Cariniana estrellensis.

Magnos Lanes Bauken de Oliveira é contabilista.

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