quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Nossa boçalidade não tem preço

Tem certas coisas que são difíceis de entender. Uma delas é a situação caótica do Pronto Atendimento de Sinop-MT. Todos sabem que não funciona. Ninguém quer ir pra lá, mas mesmo assim ele está sempre lotado. Ser atendido é difícil, atender é difícil. As justificativas, para falhas que acontecem em um local no qual não poderiam ocorrer, são de que existe uma lotação que é ocasionada, principalmente por pacientes vindos de outros municípios. O pior é que está lá, o mesmo caos todo dia, superlotação todo dia, e nós só nos damos conta quando alguém vai para a imprensa e escancara o problema, ou quando o problema é com nós mesmo ou algum familiar.

Triste! Nosso egoísmo faz com que a gente não ligue muito para coisas que não são de nosso interesse. E saúde pública não é de nosso interesse. Se fosse resolveríamos como resolvemos quando atingidos por uma enfermidade. Afinal de contas a saúde é a coisa mais importante que existe. Principalmente a nossa. Não fosse assim o problema do Pronto Atendimento, se não resolvido, pelo menos seria amenizado. Se não fosse nossa boçalidade.

Em uma cidade doente nós preferimos investir mais de um milhão de reais para construir uma sede para a nova câmara de vereadores. E pior, não se tem competência para acabar a obra. E para completar, investimos dois milhões para construir um centro de eventos.
Nada me convence que a aplicação de três milhões de reais, deva ser feita em obras que poderiam esperar, tanto quanto a fila de espera do Pronto Atendimento, que aliás, deve continuar.
Em 26 de fevereiro de 2008 - 15h19, por Magnos Oliveira no sonoticias.com.br

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