Agricultores de Mato Grosso vão gastar mais para plantar a safrinha de milho. Mesmo assim eles estão otimistas.
O agricultor Wilson Posobom vai dobrar a área cultivada de milho safrinha este ano: são três mil hectares que ele cultiva no município de Sinop, norte de Mato Grosso. Ele afirma que em relação à safrinha passada vai gastar bem mais, e o motivo não é o crescimento da lavoura; os insumos estão mais caros, em especial o adubo. “Eu fiz a compra dos fertilizantes em outubro já gastando em torno de US$ 400 por tonelada. A tendência, pelo que se vê, é subir mais”, diz ele.
O custo para plantar a safrinha de milho tem aumentado a cada dia. De outubro para cá o preço dos fertilizantes subiu bastante. E os agricultores que deixaram para comprar esses insumos na última hora pagaram bem mais caro.
Para comparar os preços, o Globo Rural foi até uma revenda de insumos agrícolas em Sinop. O gerente Walter da Silva diz que, em relação à safrinha passada, os agrotóxicos ficaram com o mesmo preço. A semente subiu cerca de 10%. Já os fertilizantes tiveram uma alta de mais de 100% em um ano. “Hoje uma fórmula básica de fertilizante para a safrinha de milho está de US$ 630 a US$ 650 a tonelada – o dobro do que se pagava na última safrinha”, calcula o gerente da loja Walter Silva.
Pelos dados da Conab, Mato Grosso deve ter um aumento de 10% na safrinha de milho.
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