sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Madeireira apreendida lota 150 caminhões

Atividade madeireira já foi a base da economia de Sinop-MT, como mostra a foto de protesto realizado por empresários da cidade em agosto de 2003. O total de madeira apreendida na região Norte do Estado é suficiente para lotar 150 caminhões, o equivalente a 2,287 metros cúbicos. Esse é o saldo da operação Rastro Verde, desencadeada em janeiro de 2008 pelo Ibama. Chega a R$ 1.650.316,56 os valores já aplicados em multas. Trinta e um minicípios estão sendo fiscalizados na ação que só deve ser encerrada no próximo mês. Para cada um metro cúbico legalizado a estimativa é de que existam outros 7 ilegais.
A maior apreensão foi realizada na tarde de segunda-feira (25), em uma madeireira localizada no setor industrial da cidade de Sinop (500 Km de Cuiabá). Lá foram localizados 1.027 metros cubicos de madeira sem comprovação de origem. Segundo o chefe de fiscalização do Ibama, em Sinop, Evandro Selva, a empresa já é reincidente. Foi multada em 2005 e 2007. Dessa vez, o funcionamento foi embargado. "Fazemos a análise do que possuem em estoque e verificamos o que, de fato, existe no pátio. A diferença é o que encontramos sem comprovação". O proprietário da empresa foi multado em R$ 676.366,50.
Ele explicou também que a maior parte das apreensões aconteceu nas estradas de acesso a Sinop. A maior parte da madeira era transportada sem autorização, o que significa que podem ter sido extraídas de áreas de proteção.
Sobre a operação Arco de Fogo, desenvolvida em 36 municípios brasileiros, ele informou que as equipes do Ibama já estão à disposição, mas os trabalhos ainda não foram iniciados. Essa é a maior ação realizada pelo governo federal para conter o desmatamento da floresta Amazônica. Só no município de Sinop duas bases foram montadas. Os trabalhos serão realizados pela Polícia Federal, Ibama, Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Insituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Polícia Rodoviária Federal.
Fonte: Patrícia Neves, A Gazeta.
Foto: arquivo de Riciely Justo.

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