"Até hoje nós crescemos horizontalmente, nós crescemos abrindo, fazendo novas aberturas. Mato Grosso é o primeiro produtor de soja nacional, 1º produtor de algodão, 2º e 3º em milho e arroz. Nós temos uma grande produção de cana-de-açucar, e tudo isso é feito em 7 ou 8% do nosso território. Menos de 8% do nosso território é ocupado para atividades agrícolas, para atividades indígenas ou terras preservadas indígenas, tá aqui o Megaron, para os índios o Estado de Mato Grosso já passa de 14% do território. Quer dizer então, nós temos menos terra destinada a agricultura que aos índios. Não estamos fazendo críticas aqui, estamos fazendo constatação.
Mas nós temos 25% do nosso território, indo para 26, em áreas sendo utilizadas pela pecuária. Com 26 milhões de cabeças de bovinos. Ai é que mora o nosso problema: 25 mais 0,8, mais 8% e vamos indo aí para 36, 37% do território que é o que praticamente nós podemos fazer. Não temos mais muito espaço dentro da legislação para fazer novas áreas de plantação agrícola. Então nós temos que ter apoio do governo ai é o trabalho que o ministro Mangabeira veio fazer, que é a recuperação das áreas degradadas.
O Estado tem dois caminhos: a verticalização da nossa economia. Fazer com que a soja, o milho, o arroz, sejam transformados aqui mesmo, e o segundo, dentro deste plano de recuperação de áreas degradadas é trazer uma parte destes 25% da pecuária, e transformá-la em agricultura. Soja, milho, arroz, feijão ou podemos fazer aí também reflorestamentos com seringueiras, ou outras coisas.
Se nós pegarmos dos 25% de pecuária que tem uma cabeça por hectare de média no Estado de Mato Grosso e tirarmos dali 8, 7 milhões de hectares, de 25 milhões que nós temos, nós vamos colher dobrado a capacidade de produção do Estado, sem ter que fazer qualquer derrubada", disse Blairo Maggi, governador de Mato Grosso no encontro, ontem em Sinop.
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