A imagem é de Lucas do Rio Verde. Poderia ser de uma das avenidas de Sinop-MT. Por aqui, existem problemas graves envolvendo motociclistas. Nas duas cidades do nortão, a tática para solucionar irregularidades, tem sido a de montar barreiras em um trabalho de orientação e multa.
Campanha com tempo definido, geralmente peca por não alcançar objetivos. Lembro que recentemente, a cidade de Sinop teve uma campanha de orientação para evitar acidentes envolvendo ciclistas. O resultado que se viu, logo depois, foram alguns acidentes e até morte de ciclistas.
A fiscalização constante pode atingir resultados, se for feita de maneira ordenada. É bastante cômodo justificar os mais de 410 acidentes registrados no primeiro semestre em Sinop, colocando a imprudência dos pilotos como motivo principal.
Difícil é resolver o problema, que aumenta tanto quanto a facilidade para se comprar uma motocicleta. Em Sinop, a Secretaria de Trânsito ainda não conseguiu sequer, organizar o estacionamento das motos na principal avenida. Falta espaço! Critérios definidos e esclarecidos, e até mesmo, marcação com tinta nos locais determinados para se colocar as motos.
O gasto com material de panfletagem, parece ser inversão de prioridade, quando se tem aulas e se paga um valor significativo para tirar a carteira de motorista. Para diminuir acidentes e também o gasto público ocasionado por eles, é preciso a transferência de recursos dos impostos pagos, em melhorias.
Não basta cobrar que o pedestre faça a travessia sempre na faixa de segurança, se ela está apagada. Do ciclista, que circule em vias com pouco movimento, se nas de maior movimentação, não existe organização. Quando o assunto envolve criança então! A orientação para que motorista não leve menor de 10 anos no banco da frente, e motociclistas não transportem crianças menores de 7 anos de idade, parece uma piada. Pois em Sinop já se tornou um hábito, infringir a lei.
Trânsito facilitado, são vias de transporte que contribuem para que motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres possam conviver em harmonia. Quando se tem largas avenidas, sem nenhuma sinalização. Quando não se tem ciclovias e faixas de segurança, e quando não se alteram alguns pontos críticos da cidade, a tendência é que tenhamos campanhas e resultados relâmpagos.
Se a segurança no trânsito é responsabilidade de todos, a organização do trânsito em uma cidade é dever de quem tem o poder de agir diretamente para mudar uma realidade.
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