Artigo publicado no Diário Regional do dia 27/05/2011, sobre o Parque Florestal de Sinop:
A Lei nº 1154/2009 estabelece normas para utilização pública das Reservas R-10, R-11 e R-12, denominadas de Parque Florestal de Sinop.
Em um dos parágrafos do Art.3º fica como proibição abandonar lixo, detritos, dejetos ou outros materiais. Em outro parágrafo existe a proibição de alimentar os animais.
O que chama atenção é o desrespeito geral com o que foi determinado em julho de 2009. Dentro e fora do Parque Florestal faltam maiores cuidados e também investimentos.
Em volta da área de proteção ambiental falta o cercado e também limpeza. Acumula-se lixo jogado pela população e também mato seco, que serve de combustível para uma grande queimada nestes dias de seca que estão chegando. Até mesmo as obras de abertura das avenidas que cortam a reserva como a Av. dos Pinheiros viraram problema. A terra cobriu a vegetação e o córrego que desemboca do lago, e a falta de limpeza, transforma as margens das avenidas em depósito de lixo.
Dentro da área que abriga animais acontecem várias irregularidades. No último final de semana pude presenciar alguns equívocos que acontecem por ali. O primeiro deles foi um comunicado da Secretaria de Meio Ambiente para que a partir do dia 22 de maio os vendedores que ficam na entrada do parque passem para o outro lado da rua, para poder vender pipocas, refrigerantes e sorvetes. A justificativa é que com isso se evita das pessoas alimentarem os animais. Enquanto ambulantes tem que se afastar, as pessoas continuam entrando com bacias de pipocas, bebidas e o mais variado tipo de alimentos deixando pra trás sacolas plásticas que vão parar no lago e também dentro da mata.
A falta de educação pode ser vista nas mais diferentes situações. É o papel do salgadinho que fica jogado no chão, a sacola plástica amarrada na árvore, o garotinho sendo colocado para “cavalgar” em um jabuti, a pipoca jogada no lago para os tracajás, e principalmente, o algodão doce dividido com as araras. Mas não para por ai, tem aqueles que passam tranquilamente pela placa que diz ser proibida a entrada de bebidas e também muitos menores de 12 anos sem acompanhamento dos pais, inclusive andando pelas trilhas da mata.
No domingo existiam três funcionários para cuidar do local. Uma missão praticamente impossível com tamanha quantidade de gente circulando e desrespeitando as regras.
Da maneira como está o Parque Florestal corre o perigo de ter o mesmo destino de outras reservas ambientais do município. Os cuidados feitos de maneira inadequada podem acabar com um dos pontos turísticos da cidade, e pior, pode acabar com o pouco que sobrou de animais e vegetação nativa. É preciso uma intervenção urgente do poder público, que com certeza não se resume ao afastamento dos vendedores ambulantes da portaria do Parque Florestal.
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