Falta matéria-prima para fábrica de leite

A indústria de laticínios, localizada no município de Nova Cannã do Norte-MT, foi ingaugurada no ano passado com investimento de mais de 12 milhões de reais na aquisição de equipamentos de alta tecnologia e infra-estrutura. Pouco mais de três milhões foram do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). Mesmo com a produção de leite aumentando de 10 a 15% desde 1999, o volume recebido pela indústria, hoje, não é suficiente para manter o funcionamento das máquinas por mais que cinco horas por dia. A capacidade de trabalho do maquinário é de 20horas dia.
Com capacidade para processar 150 mil litros por dia, hoje a fábrica não atinge o número de 100 mil litros diários processados.
A falta de matéria-prima acontece principalmente pelo pouco incentivo aos produtores da região. A dificuldade começa na burocracia para se conseguir empréstimos, pois para muitos deles faltam itens necessários da documentação das terras.
O poder público municipal, consegue algumas ações positivas, por intermédio da secretária de agricultura, por exemplo, os produtores da comunidade Ibirarema, conseguiram um resfriador, cursos de qualificação no SENAR e em parceria com a prefeitura e o laticínio mantêm um veterinário de Alta Floresta-MT, que faz o rufião e com a inseminação artificial conseguem o melhoramento genético do gado.Produtores como Carlos Marconi e Antônio Marconi (foto), acordam todos os dias em um horário bastante indigesto: 5h da manhã, para começar o trabalho com as vacas leiteiras, de cada uma dalas chegam a tirar 10 litros de leite. O preço, depois da instação do resfriador, chega a 0,50 centavos o litro. Valor que deixa contente os produtores que fazem parte da cooperativa da comunidade Ibirarema.