terça-feira, 1 de abril de 2008

Plenário da câmara vira palanque eleitoral

A sessão da câmara de vereadores novamente foi usada, durante o grande expediente, não para discutir problemas do município e sim para discursar sobre candidaturas. Falar sobre reuniões de grupos políticos e comentar homenagens que foram feitas, através de indicações que dão nomes de pessoas aos órgãos públicos. Problema mesmo, só o criado pela própria câmara de vereadores. Através de uma mesa diretora, que composta, por Sinéia Abreu, Zuleica Mendes, Pedro Serafini e Jorge Muller, aprovou investimentos de 830 mil reais para fazer uma praça ao redor da obra embargada, da futura sede que não tem previsão para recomeçar. A construção inacabada, consumiu mais de 1 milhão de reais e precisa de não menos que 300 mil reais para ser concluída. Uma seqüência de erros que desgasta o poder legislativo.
Mesmo fazendo parte da mesa diretora, Pedro Serafini e Jorge Muller não se pronunciaram sobre o assunto. O primeiro, até brincou com a situação, em tom irônico, disse: "como é bom não estar emburrecido", o segundo falou sobre outra praça. A praça do São Cristóvão, que também está com problemas judiciais desde 12 de julho de 2005 e por conta disso não se consegue fazer a obra de uma praça que teve o lançamento em abril de 2007. Diante das cobranças de moradores e do presidente do bairro, Jorge Muller falou que o presidente do bairro deve "ter a hombridade de falar a verdade e não mentir para a população por ser pré-candidato a vereador".
Já Zuleica Mendes pediu um aparte e falou que "não foi consultada sobre a nova obra, mesmo sendo vice-presidente e não tem participação". Além disso pediu documentos para prestar esclarecimentos.
Gilson de Oliveira falou sobre a creche do Alto da Glória que segundo ele conta com 60 crianças e apenas um chuveiro em funcionamento e precisa de reparos no telhado. A presidente explicou que as cobranças devem ser feitas para a Secretaria de Educação e não mais para a Secretaria de Ação Social do município. Gilson que está se despedindo para assumir como deputado estadual, não se pronunciou sobre a polêmica das obras da nova sede.
Mauro Garcia, Valdemar Junior, Betão e Cleuza Navarini foram contra a construção do jardim da futura sede. Mauro Garcia disse que "a calçada que foi quebrada, para a construção do jardim, foi paga pela câmara e vai entrar na perícia". Sugeriu ainda que deveria ser feito algo bonito, mas mais modesto e com preço acessível. Cleusa Navarini disse que foi contra a construção do novo prédio e é contra gastar o dinheiro para se fazer o ajardinamento, comentou que "uma obra que está embargada não se pode dar continuidade", e sugeriu que o prédio "fosse doado para ser um local para ser utilizado por estudantes, ou atividades culturais". Betão também sugeriu "doar o prédio ao município".
Valdemar Junior pediu "para verificar a possibilidade de não se continuar a obra, pois se não paralisar, vai trazer um transtorno enorme". Lembrou ainda que "o poder está nas mãos da mesa diretora". Antes de encerrar o vereador ainda pediu a instalação urgente de semáforos em alguns pontos da cidade.No final da sessão, depois de todas as discussões, a presidente conversou com um grupo de estudantes alegando "não ser culpa dela a obra estar embargada", disse ainda que está "tentando consertar um erro". A sessão terminou tarde, já passava das 23h, mas bem antes alguns vereadores já haviam deixado plenário.

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