terça-feira, 2 de agosto de 2011

Verba indenizatória federais

Os deputados federais por Mato Grosso gastaram, em apenas cinco meses de mandato, neste ano, R$ 852,5 mil, da Cota para Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), também conhecida por verba indenizatória. Os valores são usados para pagamento de postos de combustíveis, fretamento de aeronaves, entre outras ações relacionadas a atuação parlamentar.

O parlamentar mais velho da bancada mato-grossense, Carlos Bezerra (PMDB), é o que mais gasta com a cota. Contando os meses de fevereiro, março, abril, maio e junho, o peemedebista usou R$ 147,3 mil para os seus gastos.

Um dos gastos mais elevados do peemedebista é com a divulgação das atividades parlamentares. R$ 55 mil foram empregados com a Gráfica e Papelaria BSB, de Brasília. O peemedebista gastou também R$ 36 mil com aluguel de carro, na locadora Modena, em Brasília, em março, abril e maio.

O ex-deputado federal Ságuas Moraes (PT), que perdeu a vaga na semana para Nilson Leitão (PSDB), foi o segundo deputado que mais usou a verba indenizatória, gastando R$ 140 mil. Março foi o período que o petista mais utilizou a verba com combustível, empregando R$ 4,5 mil.

O progressista Neri Geller figura na terceira posição dentre os gastadores mato-grossenses, tendo utilizado até junho R$ 129,4 mil. Boa parte dos gastos dele foi computada em fevereiro, no primeiro mês dele como parlamentar, quando ele utilizou R$ 28,2 mil, deste montante, R$ 21,6 mil foram destinados ao aluguel de avião.

Voltando a atuar como deputado federal, após quase duas décadas afastado do Congresso, o democrata Júlio Campos foi o quarto colocado no ranking dos mais gastam, tendo utilizado R$ 126,2 mil. Os maiores gastos dele foram com consultoria e pesquisa, somando R$ 37 mil.

O deputado federal Valtenir Pereira gastou no total R$ 110,5 mil. Maio foi o mês que ele mais se utilizou da cota, R$ 32,9 mil. Mais da metade destes gastos, R$ 16,8 mil, foram usados para pagar fretamento de aeronave.

O republicano Homero Pereira foi um dos deputados que gastaram nos primeiros meses acima de R$ 100 mil, mais especificamente, R$ 113,9 mil. Mais da metade dos gastos dele foram computados no mês de fevereiro, impressionantes R$ 56,3 mil. Deste montante, 29,1 mil foi usado para fretar aeronave e 16,4 mil foram usados para locar veículos.

O empresário da comunicação, Roberto Dorner (PP), utilizou no total R$ 95,2 mil, boa parte do montante foi direcionado para se fazer divulgação da atividade parlamentar. O mês de abril foi o que mais Dorner usou a cota, devido a gastos extras com emissão de bilhete aéreo e conta de telefone.

O líder da bancada, Wellington Fagundes (PR), é o deputado mato-grossense com menos gastos na Câmara Federal, somando R$ 89,1 mil.

Hoje, o salário de um deputado federal é de R$ 16.512,09. Além disso, os parlamentares têm uma verba de R$ 60 mil para contratação de funcionários. Os deputados por Mato Grosso recebem também mais R$ 29 mil para a Cota para Exercício de Atividade Parlamentar.

Extensão

A extensão territorial de Mato Grosso, um dos maiores do país, é um dos motivos para os parlamentares apresentarem gastos considerados elevados com combustível e fretamento, além de aluguel de veículos, para fazerem o deslocamento no interior do Estado para atuar junto com as bases eleitorais.

Fonte: Pontocapital.com

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