Na Operação Arco de Fogo, de combate ao desmatamento, fiscais também apreenderam 20 mil metros cúbicos de madeira ilegal na Floresta Amazônica
Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e agentes da Polícia Federal fecharam 15 serrarias, em Rondônia, durante a Operação Arco de Fogo, e apreenderam muita madeira escondida na Floresta Amazônica.
Na segunda etapa da Operação Arco de Fogo, de combate ao desmatamento, fiscais do Ibama e agentes da Polícia Federal fecharam 15 serrarias em Rondônia. Também foi apreendida uma grande quantidade de madeira que estava escondida na floresta.
No terreno emprestado pela prefeitura, o resultado mais sólido da operação: três mil metros cúbicos de madeira, avaliados em R$ 10 milhões. Nas contas do Ibama, apenas uma pequena parte do que é extraído ilegalmente em Cujubim, noroeste de Rondônia.
“Nos últimos seis meses, nós calculamos que deva ter saído daqui aproximadamente 20 mil m³ de madeira ilegal”, afirmou Antonio Wilson Pereira da Costa, coordenador do Ibama.
Cujubim vive da exploração de madeira. São 10 mil habitantes e 65 madeireiras. Segundo o Ibama, a maioria delas desrespeita a legislação ambiental e comercializa madeira sem origem, retirada de locais onde não existe plano de manejo. Ao todo, 15 empresas foram fechadas. As multas aplicadas superam os R$ 5 milhões.
Para tentar enganar a fiscalização, os madeireiros usam uma nova tática. Abrem clareiras no meio da mata e depositam toras retiradas ilegalmente. Quem passa pela estrada a poucos metros não consegue ver. Segundo a Polícia Federal, a maioria da madeira apreendida até agora em Cujubim foi nesta situação.
“Foram utilizados helicópteros para fazer um patrulhamento aéreo e localizar essas madeiras utilizando um GPS, para que fosse cotado essa coordenada e que as equipes pudessem chegar por terra, identificar essa madeira e apreender”, explicou Caio Porto Ferreira, delegado da Polícia Federal.
Agentes da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal também participam da segunda etapa da Operação Arco de Fogo. Uma sala para audiências foi instalada na base da operação. Uma juíza e uma promotora de Justiça ouvem as partes envolvidas nos crimes ambientais e, nos casos mais simples, a sentença pode sair na hora.
Fonte: www.globo.com/jornalnacional
Foto: desmatamento ao redor da cidade de Ariquemes, Estado de Rondônia ao longo dos anos, do Atlas National Geographic, por Magnos Oliveira.
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