sábado, 21 de junho de 2008

Ibama e PF fecham 15 serrarias

Na Operação Arco de Fogo, de combate ao desmatamento, fiscais também apreenderam 20 mil metros cúbicos de madeira ilegal na Floresta Amazônica

Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e agentes da Polícia Federal fecharam 15 serrarias, em Rondônia, durante a Operação Arco de Fogo, e apreenderam muita madeira escondida na Floresta Amazônica.

Na segunda etapa da Operação Arco de Fogo, de combate ao desmatamento, fiscais do Ibama e agentes da Polícia Federal fecharam 15 serrarias em Rondônia. Também foi apreendida uma grande quantidade de madeira que estava escondida na floresta.

No terreno emprestado pela prefeitura, o resultado mais sólido da operação: três mil metros cúbicos de madeira, avaliados em R$ 10 milhões. Nas contas do Ibama, apenas uma pequena parte do que é extraído ilegalmente em Cujubim, noroeste de Rondônia.

“Nos últimos seis meses, nós calculamos que deva ter saído daqui aproximadamente 20 mil m³ de madeira ilegal”, afirmou Antonio Wilson Pereira da Costa, coordenador do Ibama.

Cujubim vive da exploração de madeira. São 10 mil habitantes e 65 madeireiras. Segundo o Ibama, a maioria delas desrespeita a legislação ambiental e comercializa madeira sem origem, retirada de locais onde não existe plano de manejo. Ao todo, 15 empresas foram fechadas. As multas aplicadas superam os R$ 5 milhões.

Para tentar enganar a fiscalização, os madeireiros usam uma nova tática. Abrem clareiras no meio da mata e depositam toras retiradas ilegalmente. Quem passa pela estrada a poucos metros não consegue ver. Segundo a Polícia Federal, a maioria da madeira apreendida até agora em Cujubim foi nesta situação.

“Foram utilizados helicópteros para fazer um patrulhamento aéreo e localizar essas madeiras utilizando um GPS, para que fosse cotado essa coordenada e que as equipes pudessem chegar por terra, identificar essa madeira e apreender”, explicou Caio Porto Ferreira, delegado da Polícia Federal.

Agentes da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal também participam da segunda etapa da Operação Arco de Fogo. Uma sala para audiências foi instalada na base da operação. Uma juíza e uma promotora de Justiça ouvem as partes envolvidas nos crimes ambientais e, nos casos mais simples, a sentença pode sair na hora.
Fonte: www.globo.com/jornalnacional
Foto: desmatamento ao redor da cidade de Ariquemes, Estado de Rondônia ao longo dos anos, do Atlas National Geographic, por Magnos Oliveira.
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